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Em 10 dias, Samu atende quase metade dos casos de covid do mês de fevereiro

Foto: Arquivo DC

O Samu já realizou 430 atendimentos de pacientes com queixas de problemas respiratórios nos 10 primeiros dias do mês de março. O número já representa 43,74% dos atendimentos ocorridos em fevereiro. No mês passado, foram 983 atendimentos de pessoas com suspeita ou contaminadas pela covid-19.

Ainda em janeiro, o Samu atendeu 757 ocorrências desta natureza. O enfermeiro e coordenador de Enfermagem do Samu, Rinaldo Gaia Levandoski, explica que o aumento dessas ocorrências se deu desde o final do mês de dezembro.

“O número só não tem sido maior porque não têm leitos disponíveis nos hospitais e o paciente acaba ficando na UPA, por exemplo. Temos um exemplo de paciente que ficou por mais de cinco dias na unidade aguardando para ser transferido”, apontou.

Transferências

Nos últimos meses, o Samu já transferiu pacientes de Ponta Grossa para hospitais de Laranjeiras do Sul, Guarapuava, Campo Largo, Curitiba, Castro e Lapa.

“A demanda por atendimentos aumentou demais, sem levar em consideração os atendimentos relacionados a outras situações que não estão relacionados à covid-19 que seguem ocorrendo. Assim como os demais órgãos, o Samu também não tem equipes suficientes. Ninguém ficará sem atendimento, o que pode ocorrer é que eles demorem um pouco mais do que de costume justamente por conta da demanda”, alertou o enfermeiro.

Com relação às ambulâncias, o coordenador de Enfermagem do Samu lembra que Ponta Grossa conta com cinco veículos de atendimento básico, dois de suporte avançado com a participação do médico, além do helicóptero que fica disponível no aeroporto Sant’Anna.

“Quando umas das nossas ambulâncias atendem casos confirmados ou suspeitos de covid-19, passam logo em seguida por um processo de desinfecção para que possam atender as outras ocorrências”, ressaltou.

Atendimentos

Os atendimentos do Samu são divididos entre os primários e secundários. Os primários são aqueles em que a ambulância precisa ir buscar o paciente em casa, a rua ou em qualquer outro ambiente.

Neste caso, a pessoa com suspeita da doença não tem condições de se deslocar por meios próprios para uma unidade hospitalar. “Quando ele está passando mal, sentindo falta de ar, ou algo neste sentido, então é preciso acionar o Samu. E notamos um aumento neste tipo de demanda desde o final do mês de dezembro”, explica.

Já os pacientes secundários são aqueles que estão aguardando por transferência, à exemplo dos que estão na UPA Santa Paula, esperando por um leito em hospital. “Quando o primeiro atendimento ocorre na UPA, por exemplo, e o paciente é levado pelo Samu para outro hospital seja de Ponta Grossa ou de outras cidades que tenham leitos disponíveis”, apontou.

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Falta de leitos reduz atendimentos secundários

Levando em consideração a falta de leitos hospitalares e a superlotação da UPA Santa Paula, o Samu de Ponta Grossa passou a fazer levantamentos separados dos atendimentos de pacientes suspeitos ou confirmados no começo de março. Os números apontaram queda do número de transferências para os hospitais.

Segundo os dados, o número de transferências de pacientes chegou a 9 no dia 1º e, em seguida, manteve-se uma média de 11 a 16 transferências por dia desde 2 março ao dia 4. A partir do dia 7 houve uma queda de atendimentos desta natureza representando uma média de 6 a 9 por dia. Já no dia 10, houve um aumento onde foram realizadas 12 transferências.

Por outro lado, os atendimentos primários aumentaram, o que gera preocupação por parte dos órgãos. O mês de março começou com 14 atendimentos primários realizados pelo Samu. Mas no dia seguinte o número aumentou para 44 e depois manteve a média de 30 a 37 atendimentos nos dias seguintes.

“Os pacientes existem e estão precisando de atendimentos. E quando não há vagas nos hospitais, eles acabam ficando represados na UPA, onde também não há vagas disponíveis”, finalizou o enfermeiro.

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