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Djinn foi morta a tiros com 1 ano e 4 meses na zona rural de PG

Djinn foi morta a tiros. No finalzinho da tarde de domingo passado soou um tiro na calma e silenciosa zona rural do distrito ponta-grossense de Uvaia. O estampido chamou a atenção do adestrador de cavalos para provas de três tambores, Fábio Monselin, que já estava à procura da sua cachorra, de apenas 1 ano e 4 meses, que estranhamente ele não tinha avistado junto ao seu rebanho de ovelhas, que pastava próximo à sede da chácara.

O tiro que Fábio ouviu, disparado na chácara do vizinho, teria sido certeiro e colocado fim à breve vida da dócil Djinn, que desde pequena vivia junto às cerca de 70 ovelhas dos seus tutores, Fábio e Verônica, dividindo a guarda do pastoreio com um veterano golden retriever. O caso foi parar na Delegacia de Polícia e deste segunda-feira corre um abaixo-assinado virtual pedindo justiça para Djinn, que ontem contava com 700 referendos.

Ao ouvir o disparo, que mais tarde ficou sabendo que se tratava de uma cartucheira calibre 22, Fábio correu até à divisa da chácara do vizinho. “Ele estava na área da casa, me viu e ficou olhando pra mim. Então eu inventei uma história: perguntei se um dos meus borreguinhos não tinha varado a cerca e se misturado com o rebanho dele”, contou, ontem à tarde por telefone. O vizinho, disse Fábio, sugeriu que eu verificasse.

“Pulei a cerca, me mantive frio, e enquanto fazia que vistoriava o rebanho do vizinho eu ouvi o funcionário dele dizer ‘vamos esconder’. Dei mais olhada e fui me aproximando do vizinho e dizendo que meu borrego não estava lá e que os brincos que ele usa no rebanho são diferentes dos que eu uso. Tinha visto o funcionário dele deitar uma carriola de cabeça pra baixo e então quando me aproximei chutei a carriola e lá estava Djinn no seu último suspiro”.

Fábio acrescentou que colocou a cachorra no ombro e voltou para sua chácara. Afirmou que a história contada à reportagem foi exatamente a mesma prestada em depoimento à delegada de polícia Ana Paula. Ele e o vizinho, cujo nome é aqui omitido por não ter sido possível contato, foram conduzidos à Delegacia pela Guarda Municipal. “Tenho fotos e vídeos e no depoimento o vizinho admitiu que Djin morreu na sua propriedade, mas negou ter feito o disparo”, emendou. O fato é que Djinn foi morta a tiros.

A arma foi apreendida, por estar com a documentação vencida. Ontem a delegada Ana Paula informou que no domingo ouviu as partes e que o Inquérito Policial será presidido pelo delegado do 2º Distrito Policial. “No momento ninguém foi preso em flagrante, pois existem diligências visando a comprovar a materialidade e autoria”, acrescentou. Segundo a advogada dos tutores de Djinn, Isabella Godoy Danesi, o vizinho é suspeito de ter cometido maus tratos a animais, conforme o Artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, sujeito a pena de reclusão de 2 a 5 anos, que pode ser aumentada de 1/6 a 1/3, por ter ocorrido morte.

Fábio, Verônica e Djinn, quando ainda era filhote

Raça de pastoreio

Djinn é de uma raça ainda pouco difundida no Brasil, a pastora australiana, que na verdade foi criada nos Estados a partir de uma série de cruzamentos de cães pastores e levada para a Austrália. Também é chamada de Australian shepherd. Djin foi comprada de um criador de São Miguel do Iguaçu, por R$ 3 mil.

Assine o abaixo-assinado.

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