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Detentos trabalham em reparo de colégios estaduais; dois serão cívico-militares

Foto: AEN

As atividades do programa Mãos Amigas estão sendo retomadas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional – Fundepar. O projeto consiste no trabalho de detentos dentro de colégios estaduais. Em Ponta Grossa, ao menos seis instituições recebem o auxílio dos presos.

O cronograma, que está sendo montado pelo Núcleo Regional de Educação (NRE), contempla o Colégio Estadual Ana Divanir Boratto, a Escola Estadual Professor Iolando Taques da Fonseca, o Colégio Nossa Senhora da Glória, o Colégio Nossa Senhora das Graças, o Professor Colares e o Frei Doroteu de Pádua. Os dois últimos se tornarão cívico-militares a partir do próximo ano.

Os detentos que participam das atividades pertencem à Unidade de Progressão, que possui mais de dois anos de operação. O setor é especializado em tratamento penal.

Atualmente em Ponta Grossa, 14 presos estão aptos aos trabalhos do ‘Mãos Amigas’.
Eles recebem benefícios como contrapartida. “O programa é uma parceria do Depen com a Fundepar. Os presos recebem salário e têm remição de pena”, explica o vice-diretor da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG), Bruno José Propst. O valor recebido corresponde a três quartos do salário mínimo vigente.

Os trabalhos realizados são pequenos reparos que as escolas necessitam, manutenção de espaços, limpeza, pintura e jardinagem. A intenção é proporcionar a conservação das instituições estaduais.

No Professor Colares – primeiro colégio que se tornou cívico-militar em Ponta Grossa – os trabalhos foram realizados no ano passado e seriam retomados no início de 2020. Porém, a pandemia cancelou as atividades. A retomada deve ocorrer na próxima semana a partir de definição do Núcleo Regional.

Paraná

Além de Ponta Grossa, o ‘Mãos Amigas’ atuará nas próximas semanas em Curitiba e Região Metropolitana, Guarapuava e Francisco Beltrão. Cerca de 70 detentos compõem a equipe em todo o estado. Em 2020, mais de 30 escolas foram atendidas. Desde 2012 aconteceram 500 intervenções em prédios escolares e públicos.

“O programa é uma oportunidade para a ressocialização. Ao atuarem na conservação e na manutenção dos espaços escolares, os detentos têm a chance de participar ativamente, de contribuir para a sociedade”, explica o diretor-presidente da Fundepar, Alessandro Oliveira.

O Estado considera o trabalho vantajoso pela agilidade na solução de problemas, pela eficácia e pelo preço. Segundo o governo, o ‘Mãos Amigas’ também contribui com a economia de recursos públicos, pois cada dia trabalhado reduz o tempo do preso no sistema prisional. Além disso, há custo reduzido na mão de obra e na aquisição de materiais para o programa.

A estimativa do programa aponta economia de R$ 9 milhões desde a implantação em 2012 até o ano passado.

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