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Dentista de PG nega ter iludido pacientes com falsa doença

O dentista Murilo Postiglione Neme vem fazendo uma peregrinação entre meios de comunicação ao longo da última semana, no esforço por tornar pública sua versão sobre a acusação de que ele teria apresentado diagnóstico incorreto e proposto tratamento inexistente a cinco pacientes. A acusação foi tornada pública no dia 27 de setembro, quando o Ministério Público do Paraná (MPPR) divulgou o caso.

Neme afirma que a acusação é falsa, e que só ganhou repercussão devido ao que ele chama de “conluio” envolvendo ex-funcionários que trabalharam para ele e o Conselho Regional de Odontologia do Paraná (CRO-PR). “Acredito que o MPPR foi manipulado, porque não tem conhecimento em odontologia”, diz.

Na denúncia, Neme teria ludibriado cinco pacientes, prescrevendo o tratamento de uma doença inexistente. Ele teria afirmado que uma bactéria agressiva havia contaminado a boca desses pacientes, e informado que a cura custaria R$ 17 mil a R$ 37 mil. A técnica seria inovadora, envolvendo oxigênio e laser. Nenhum dos pacientes chegou a fazer o tratamento, pois outro profissional descartou a existência da bactéria.

O dentista acusado afirma que o que ocorre é uma ação orquestrada por ex-funcionário, que trabalharam para ele e haviam movido processo trabalhista contra Neme. Eles teriam orientado esses pacientes a entrarem com processo junto ao CRO-PR. O órgão, por sua vez, teria acatado a denúncia por razões corporativistas.

 

Conluio

Entre os indícios de conspiração, Neme aponta o fato de que os pacientes apresentaram as denúncias no mesmo mês, em 2017. Destaca que o tratamento existe e é largamente utilizado, e que o custo não chega perto do valor apresentado, e também demonstra, em laudo pericial de especialista, o atestado de presença da doença descrita. “Em 14 anos, fiz cerca de 30 mil procedimento desse tipo, nunca nenhum deles resultou em denúncia”, diz, estranhando o fato de que cinco pacientes que sequer fizeram o tratamento prescrito tenham originado ação junto ao CRO-PR. Segundo ele, o desenrolar dos processos judiciais envolvendo o caso irá provar sua inocência.

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