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Dengue atrelada à pandemia preocupam a saúde em Ponta Grossa

Foto: Fábio Matavelli)

Mesmo que a pandemia causada pelo coronavírus seja o principal problema de saúde pública, o aumento diário dos casos de dengue em todo o Paraná tem gerado preocupação nos serviços de saúde que já estão escassos de leitos e insumos. Na última semana, o estado registrou 873 novos casos segundo o informe semanal divulgado na última terça-feira (13) pela Secretaria de Estado da Saúde. O total de casos confirmados no período epidemiológico, com início em agosto do ano passado, é de 8.620.

No Paraná, outros 22 municípios apresentaram casos de dengue com sinais de alarme e outros 11 casos de dengue grave. São 51.599 notificações para a doença distribuídas em 353 cidades. O último Informe mostrou ainda que outros 10.471 casos seguem em investigação no Estado quanto à classificação final para a doença.

O último boletim da Sesa mostrou ainda que Ponta Grossa acumula 10 casos da doença desde agosto do ano passado. O município está entre os demais do estado com risco baixo de contaminação mas, apesar de parecer um número pequeno, é bastante preocupante para os serviços de saúde, conforme aponta a Fundação Municipal de Saúde (FMS).

“No momento em que nós estamos, qualquer número é preocupante. No meio de uma pandemia, qualquer outra doença que possa utilizar os serviços de saúde pode prejudicar ainda mais os atendimentos dos pacientes e, principalmente, a necessidade dos leitos”, informou nota encaminhada pela FMS.

Vistorias

A preocupação é ainda maior em decorrência das vistorias nas casas pelos agentes de combate às endemias. As ações de fiscalizações dos focos do mosquito dentro das residência está restrita por conta da pandemia.

“Nesse momento de pandemia, estamos respeitando a orientação do Ministério da Saúde que foi de realizar as vistorias nas casas, somente nos terrenos, não adentrando nas mesmas e orientando os munícipes quanto aos métodos preventivos no combate ao Aedes aegypti com uma distância de 1,5m”, disse a Fundação.

Ponta Grossa conta hoje com 50 agendes de combate realizando vistorias em todas as regiões da cidade e, segundo a FMS, não há previsão de mais contratações. “Por isso, estamos providenciando o treinamento para que os agentes comunitários de saúde também possam atuar no combate e prevenção do Aedes aegypti”, confirmou a pasta.

Cuidados

Mesmo que todos saibam sobre os cuidados que devem ser tomados, a FMS destaca que é importante que cada munícipe faça vistorias em suas casas e terrenos para averiguar a presença de criadouros, pelo menos, uma vez por semana. “Somente assim com o trabalho em conjunto da população e o poder público poderemos vencer essa batalha contra o mosquito”, finalizou a pasta.

Ação entre Prefeitura e Sesc atuam no combate ao mosquito

Equipes do Serviço Social do Comércio (Sesc-PR), em parceria com os agentes de combate às endemias da Prefeitura de Ponta Grossa, percorreram diversos bairros de Ponta Grossa, na tarde de sexta-feira (16), para orientar e alertar a população sobre a dengue. A ação ocorreu em alusão a uma campanha de combate à doença lançada pelo Sesc em março deste ano.

“A campanha surgiu a partir do lançamento de um aplicativo do Sesc de combate à dengue. Trabalhamos com a campanha todos os anos, mas neste o Sesc resolveu inovar com o lançamento do aplicativo. Nele, as pessoas podem postar fotos dos focos do mosquito encontrados em suas casas e, em seguida, postar fotos do que foi feito para eliminar esse foco, por exemplo”, explicou Natana Adrieli Rodrigues, técnica de atividades do Sesc.

Segundo ela, as fotos postadas pela população vão gerar prêmios para as unidades do Sesc-PR e também para os moradores. “A participação de todos é uma espécie de competição para melhorar performance dos participantes até o dia 30 de abril, data em que terminará a campanha. A premiação será troféus e kits com produtos do Sesc”, disse Natana.

Ainda na sexta, os agentes de endemias, juntamente com as equipes do Sesc, além de orientarem os moradores, incentivaram a participação na competição da campanha. “Estamos incentivando todos para que participem nessa reta final. É uma forma de alertar para o combate à doença”, finalizou a técnica.

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