O delegado do Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial, Fernando Jasinski, pretende concluir ainda nesta semana o inquérito do assassinato de Doraci do Rocio Kanayama, ocorrido na noite de quinta-feira (9) em Ponta Grossa. A filha mais nova da vítima, Camila Mayumi Kanayama, permanece presa pelo crime no Complexo Médico Penal, na Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo Jasinski, caso não haja intercorrências, o inquérito policial deve ser fechado na sexta-feira (17), quando a Polícia Civil vai apresentar o detalhamento do homicídio registrado na casa da família, na Vila Estrela.
Enquanto não conclui as investigações, o delegado segue ouvindo diariamente integrantes da família e pessoas próximas à mãe e à filha.
Camila vai ficar em Curitiba?
Desde que foi encontrada ao pedir atendimento em uma UPA de Curitiba e fornecer um nome falso, Camila Mayumi Kanayama, de 26 anos, está presa na capital do estado. A decisão de uma possível transferência para Ponta Grossa cabe somente ao Poder Judiciário.
O delegado Fernando Jasinski, por exemplo, não pretende ouvir a acusada novamente. Ele obteve a versão de Camila no interrogatório vazado um dia após a prisão, quando a filha alegou que agiu em legítima defesa.
Já a audiência de custódia, na qual a presa responde sobre a ação policial no momento da prisão, ocorreu por videoconferência em Curitiba. Nela, Camila estava acompanhada virtualmente pelo advogado criminalista Jorge Sebastião Filho.
Processo em Ponta Grossa
Apesar de Camila estar presa na capital do estado, o processo pela morte da mãe já está correndo em Ponta Grossa. O Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e Vara de Crimes Contra Crianças, Adolescentes e Idosos recebeu a documentação do homicídio. A mudança aconteceu depois do Ministério Público definir a incompetência de Curitiba para atuar no caso.