A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-PR) confirmou que as delegacias do estado atuam em regime similar ao plantão de feriado nesta segunda-feira (29) em todo o Paraná. O motivo é um dia de protestos, que envolvem os policiais paranaenses civis e militares, integrantes do Sinclapol, Sindipol Londrina e do Fórum Associativo e Sindical dos Servidores (Fass).
Conforme comunicado compartilhado pelas entidades via redes sociais, mais de 10 mil presos permanecem custodiados em Delegacias de Polícia localizadas nas áreas urbanas dos municípios, “colocando em risco a população, diante das possibilidades de tentativas de fuga e rebeliões, além do desvio de função de policiais”, que ao invés de investigarem crimes, estariam atuando como carcereiros.
O dia de manifestações incluiu a instalação de faixa diante da sede da 13ªSDP, em Ponta Grossa, uma das que aderiram ao protesto, e faz alusão também ao fato de que em algumas cidades um único policial civil cuida, sozinho, dos presos. O deficit de cerca de oito mil policiais, a necessidade de substituição de viaturas e a demora na manutenção dos veículos, e as perdas salariais também fazem parte do manifesto.
Agentes paralisam
O protesto se somou a um dia de paralisação dos agentes penitenciários que atuam nas unidades prisionais do Paraná. Cadeias públicas e presídios de todo o estado registraram manifestações. A assessoria de imprensa do Depen informou que não houve mudanças no funcionamento das unidades, embora o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) tenha orientado os agentes a não fazerem qualquer movimentação nos presídios, suspendendo assim as atividades de visita, banho de sol e atendimentos jurídico, social, escola e trabalho dos presos.
100 dias de governo
Os sindicatos pedem maior agilidade em ações do governo do estado, em parte para corrigir problemas e deficiências históricas no sistema prisional e de segurança pública do Paraná, e levam em consideração a passagem dos 100 primeiros dias da atual gestão do governo do estado. O DC entrou em contato com a Sesp solicitando informações sobre o que vem sendo feito para ampliar diálogo com as categorias e para melhorar a questão da segurança pública, mas não obteve resposta nesse sentido.