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Curto-circuito está descartado em incêndio que matou idosa

A equipe que realizou a perícia no imóvel destruído por incêndio, na manhã de quarta-feira (3), em Ponta Grossa, considera afastada a hipótese de acidente provocado por curto-circuito. Lizete Aparecida Antonio Barcher, 66 anos, deficiente visual, morreu carbonizada. Vizinhos e equipes de resgate não conseguiram retirá-la devido às fortes labaredas e intensa fumaça.

Para o perito criminal Augusto Pasqualini, a maneira como o fogo se espalhou, as características do imóvel e informações prestadas por familiares colocam um curto-circuito como causa pouco provável para o princípio do fogo, que destruiu a residência mista e vitimou a moradora.

“A casa não tinha muitos equipamentos elétricos que forçassem a rede. Era praticamente só geladeira e TV. Não havia freezer ou motor que ‘puxasse’ a energia, e que muitas vezes podem esquentar cabos, derreter a capa protetora e dar origem ao fogo”, relata Pasqualini.

Outra informação já confirmada é que o fogo teve início na sala, na parte da frente da casa, enquanto que o corpo da vítima foi encontrado na cozinha, o que pode indicar que ela tentou correr para o lado oposto ao fogo, mas não conseguiu fugir, talvez devido ao problema de visão.

Agora a Polícia Civil dará continuidade à investigação, coletando o depoimento de testemunhas, e aguardando o laudo que deverá descartar de forma conclusiva a possibilidade de curto-circuito, e dizer se o fogo teve início por ação humana acidental ou intencional. A primeira pessoa a chegar ao local relatou ter ouvido gritos de um homem, mas a única vítima localizada foi a dona da casa. Todas as informações serão cruzadas para chegar às causas do incêndio e circunstâncias da morte de Lizete.

Fogo teria iniciado na sala, na parte da frente da casa (Arquivo DC)

 

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