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Crescem os casos de acidente de trabalho em Ponta Grossa

Ponta Grossa registrou, em 2018, o segundo ano com maior número de acidentes de trabalho verificado na última década. A estatística consta no levantamento realizado pela SmartLab, iniciativa conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) Brasil que disponibiliza relatórios sobre o tema.

Historicamente, a cidade vinha apresentando redução nos casos desde 2014, mas verificou um salto entre 2017 e 2018. Ponta Grossa teve o menor número de acidentes registrado em 2006, com 1.064 casos. Já o número máximo ocorreu em 2008, quando houve 1.668 casos. A análise da SmartLab se estende a partir de 2002, oferecendo um comparativo dos últimos 16 anos, e mostra um gráfico de oscilação.

Os dados se referem, apenas, à população com vínculo de emprego regular, o que indica que o número pode ser ainda maior. Muitos casos não resultam na abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), que acabam sendo registrados somente no momento da concessão de benefício previdenciário. No ano passado, além dos 1.641 casos com CAT, houve outros 307 verificados no momento da concessão, indicando um total de 1.948 ocorrências.

Dentre dos 16 anos analisados, o ano de 2018 apresentou o terceiro maior número de acidentes (1.641) no período, o que aponta para um problema. Mesmo com o maior rigor nas leis e na fiscalização, muitas das ocorrências ainda se refere à falta de uso de equipamentos de segurança, como os EPIs, enquanto que outras se referem a doenças ocupacionais, que também se somam ao cálculo. A SmartLab aponta que, em todo o Paraná, foram 48,8 mil acidentes de trabalho; em todo o país, 623,8 mil.

 

Ocupações

Os acidentes resultaram em seis óbitos em 2018 em Ponta Grossa. Dentre as ocupações mais perigosas no município, porque resultaram em percentual maior de acidentes, as estatísticas colocam, em sequência: técnico de enfermagem (9%), alimentador de linha de produção (8%), faxineiro (4%) e motorista de caminhão (3%). Em seguida estão servente de obras, professor de ensino médio, mecânico de manutenção de máquinas, zelador de edifício, operador de máquinas motrizes, atendente de lanchonete e operador de máquinas fixas em geral, cada um detendo 2% dos casos.

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