A defesa que representa o vereador Walter José de Souza, o Valtão (PRTB), protocolou na segunda-feira (17) as alegações finais em processo que apura denúncia de quebra de decoro pelo vereador. A informação é do presidente da Comissão Parlamentar Processante (CPP), instaurada na Câmara de Ponta Grossa. Dado o prazo para que defesa e denunciante, neste caso o PRTB, apresentassem as alegações finais, agora a comissão, composta por Chociai, Léo Farmacêutico (PV) e Izaías Salustiano (PSB), analisará os documentos.
Caberá então ao vereador Izaías Salustiano, relator do processo, produzir o relatório final do processo, que poderá resultar na cassação do mandato de Valtão. “Estamos caminhando para a fase final, para concluir os trabalhos dentro do prazo estipulado. E então o presidente da Casa, Daniel Milla poderá convocar a sessão extraordinária para análise e votação dos vereadores”, explica Chociai. A CPP tem prazo de 90 doas para concluir o processo de liberá-lo para votação do plenário a partir da notificação de Valtão, o que aconteceu em 10 de março.
Embora Valtão tenha conseguido, na última semana, habeas corpus e revogação da prisão domiciliar, o vereador não voltou a participar das sessões. Ele tomou posse para o quarto mandato de vereador mas não compareceu a nenhuma sessão em 2021.
Valtão e quatro empresários viraram réus por corrupção depois que a Justiça aceitou denúncia do Ministério Público em uma investigação que apura possíveis ilegalidades na contratação de empresa para a implantação e operação do Estar Digital. Valtão é acusado de ter recebido propina para alterar relatório da CPI do Estar Digital, da qual era relator.