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Correção do Caged faz saldo empregos de 2020 cair em PG e no PR

Números corrigidos pelo Governo Federal mantêm o Paraná com o segundo melhor resultado do país e Ponta Grossa como o melhor resultado do estado, mas faz cair pela metade o total anunciado para o Brasil

Mensalmente o Governo Federal atualiza o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que diminuindo as demissões do total de contratações aponta quantos novos empregos formais foram gerados (ou extintos) em um determinado local. Porém, uma correção dos dados do Caged que veio a público nesta semana mostra que o saldo de criação de empregos formais no Brasil caiu praticamente pela metade em 2020, diminuindo também no Paraná e nas maiores cidades do estado.

No Paraná, havia sido divulgado que no ano passado foram criados 52.670 novos postos de trabalho, mas o número atualizado conta com 4.198 vagas a menos: 48.472. Este resultado, porém, aproxima o estado do desempenho de Santa Catarina (antes 53.050 e agora 48.583 vagas), mantendo SC na liderança anual e o PR em segundo lugar.

No país, dos +142.690 novos empregos com carteira assinada em 2020 que foram divulgados no início de 2021, o saldo caiu para 75.883, uma diferença de 66.807 oportunidades.

Ponta Grossa segue como líder estadual na geração de empregos em 2020

Em Ponta Grossa a diferença não foi tão grande, variando em apenas 33 vagas. A atualização mostra que a cidade, líder estadual disparada em geração de novos empregos em 2020, gerou +5.593 postos de trabalho, sendo que a segunda colocada, que antes era Curitiba, passou o bastão para Cascavel, com menos de a metade do total ponta-grossense: +2.235 empregos.

A explicação para o desempenho fora do comum de Ponta Grossa segue a mesma: as grandes obras estruturais. Apenas a construção gerou +4.190 vagas em PG, impulsionada pelos quatro novos viadutos viabilizados através da concessionária CCR RodoNorte, o novo sistema de transmissão de energia Gralha Azul, que aplicou R$ 2 bilhões em todo o Paraná tendo como “coração” Ponta Grossa, além de outras obras, como ampliações de indústrias e àquelas ligadas ao boom imobiliário – até 2020, em cinco anos a cidade somou  mais de 77 projetos de condomínio e loteamentos protocolados junto à Prefeitura, além de mais de 17 referentes a prédios com 3 ou mais pavimentos.

Grandes cidades registram diminuições com a correção do Caged

A correção de dados diminuiu o saldo de empregos de todas as cinco maiores cidades do Paraná. Em Curitiba a diferença foi de -1.179 vagas, e com isso a capital passa a totalizar a criação de 1.749 novos empregos em 2020.

Em Londrina a diferença foi de -351 vagas, apontando que a cidade extinguiu 1.342 empregos em 2020. Em Maringá, com -304 vagas no novo resultado, o saldo de empregos passou de positivo para negativo, indicando que o município registrou 228 demissões a mais do que contratações no ano passado.

Em Ponta Grossa, com a diferença de 33 vagas, o total ficou em +5.593 empregos, e em Cascavel, com -323 vagas, o saldo de novos empregos ficou em +2.235 oportunidades formais.

Leia também: Em recuperação, comércio lidera geração de novas vagas em PG

Ranking paranaense

A correção de dados do Caged manteve as mesmas cidades no top 5 de geração de empregos paranaense, mas com algumas inversões na ordem. Ponta Grossa segue como a primeira colocada (+5.626 vagas), enquanto que o segundo lugar, antes ocupado por Curitiba, agora está com Cascavel (+2.235 vagas). Em terceiro, onde antes estava Cascavel, agora está Ortigueira (+2.217), e Toledo segue em quarto lugar (+2.092). o quinto lugar, antes de Ortigueira, agora está com Curitiba (+1.749).

Correção dos dados do Caged

Responsável pelo Caged desde a recriação da pasta, em julho, o Ministério do Trabalho e Previdência atribuiu os novos resultados ao envio de declarações fora do prazo, em meio ao início da pandemia de covid-19 e a adaptação para o novo modelo de declaração eletrônica.

Segundo o ministério, o prazo para ajustes dos dados do ano passado acaba no fim de 2021. “A entrada de dados fora do prazo acontece quando as empresas declaram as informações de admissão e demissão após a competência em que a movimentação se realizou. A possibilidade de realizar esse tipo de declaração já existia no antigo Caged, havendo uma ocorrência um pouco maior neste momento devido ao processo de transição para a declaração via eSocial, que ocorreu para um número significativo de empresas ao longo de 2021”, acrescentou o Ministério. (com informações da Agência Brasil)

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