Mais de R$ 53 milhões estão previstos para serem investidos em Ponta Grossa pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) até o final de 2022. Nos últimos dois anos, a Copel investiu R$ 34 milhões no município em três seguimentos: ampliação e atendimento ao consumidor, melhorias na qualidade do serviço e reforços de carga.
"Destaque que estas melhorias realizadas foram no sentido de que estamos fazendo um trabalho no sistema de reconfiguração de rede de tal forma que havendo um trecho com defeito, o sistema acaba deixando a maior parte possível daquela região com energia", explica Daniel Gueiber, gerente do Departamento de Obras da Copel Centro – Sul.
Já para os próximos anos, Gueiber aponta para uma série de obras previstas para a melhoria do serviço no município, entre elas, a construção de uma subestação na região do Vendrami no valor de R$ 20 milhões para, segundo ele, melhor atender toda aquela região.
"Hoje com a subestação existente na região existe a capacidade de transformação de 21MVA(Megavolampére). Com a nova subestação, a capacidade será de 80 MVA", destaca Daniel.
Área urbana
Ainda na área urbana estão previstas obras de viabilização de atendimento às cargas com o uso de tecnologia através da implantação de equipamentos sofisticados.
"A área urbana está crescendo e precisamos nos atualizar. Por isso, a rede passa por um processo de inteligência. Hoje a Copel é vanguarda no Brasil neste sentido, pois a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nos exige uma determina melhoria, por isso, o investimento em tecnologia".
Entre as melhorias, de acordo com Gueiber, é a implantação dos religadores automáticos, além de sistemas chamados de Looping Skin ou senão sistemas de reconfiguração. O que significa que se houver algum tipo de desligamento, o sistema permanecerá o menor tempo possível desligado. Hoje Ponta Grossa conta com cerca de 500 equipamentos modernos instalados pela cidade.
Área rural
Ponta Grossa conta com cerca de 95% dos clientes moradores da área urbana e 5% em área rural. Apesar da diferença, o gerente destaca investimentos de grande porte para os distritos da cidade.
"Estamos investindo nos distritos e teremos uma estrutura chamada de Estação Chave, além de toda a reconfiguração de rede. No Guaragi, por exemplo, o investimento está voltado para os condutores que terão seus cabos cobertos para que um dia de vento forte não ocorram desligamentos", diz Daniel.
Os distritos também receberão religadores monofásicos e trifásicos onde permitirão que os moradores fique menos tempo sem energia."Haverá comunicação entre os equipamentos e apenas os clientes mais próximos da situação de desligamento ficarão sem energia. Em seis anos, vamos construir 25 mil quilômetros de rede em todo o Paraná, levando o atendimento trifásico para mais perto dos clientes".
Paraná Trifásico
Ainda na área rural, a Copel prevê investimentos dentro do programa Paraná Trifásico que envolve investimentos de R$ 2,1 bilhões e 25 mil quilômetros de redes trifásicas de energia no campo, em todo o Paraná, até 2025. "Na região de Ponta Grossa, os investimentos são voltados para os distritos de Guaragi, Itaiacoca e Uvaia com a ampliação de redes e conexão de alta tensão", diz Gueiber.
Smart City
O município de Ipiranga foi contemplado recentemente com um sistema montado chamado de Smart City, considerado um dos sistemas que conta com uma das tecnologias mais avançadas em todo o mundo.
O Smart City consistiu na troca de todos os medidores de energia tradicionais por modelos inteligentes, que permitem automatizar a medição do consumo, além de sistemas de reconfiguração de rede (self healing) e reguladores de tensão automáticos – tudo integrado por sistemas de informação e telecomunicações com potencial para integrar outros serviços no futuro.
"Ipiranga é uma cidade que possui uma característica interessante e a ideia é conseguir dar um salto de qualidade de energia. A ideia é estender isso nos próximos cinco anos para outras cidades do Paraná", finaliza Daniel.