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Construção de prédio do IML depende de recursos financeiros

Construção de prédio do IML depende de recursos financeiros
Projetos complementares foram contratados por meio de licitação e podem ser utilizados em outras universidades

A construção do prédio da Polícia Científica do Paraná – Instituto Médico Legal (IML), pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), depende da disponibilização de recursos financeiros junto ao Governo do Estado para a abertura do processo licitatório que irá contratar a empreiteira responsável pelas obras.

A estrutura, orçada em R$ 10 milhões, será construída no campus Uvaranas e vai contar com um Centro de Anatomia anexo ao novo IML. A obra estava prevista para começar no segundo semestre de 2020, mas foi adiada para 2021, com a previsão de entrega para 2022.

Na época, a justificativa para o atraso, segundo a UEPG, se deu por conta da pandemia que prejudicou o cronograma de entrega dos projetos por parte da empresa responsável.
Em nota encaminhada via assessoria de comunicação, na última terça-feira (01), a universidade informou que todos os projetos de engenharia já foram concluídos e aprovados junto aos órgãos competentes.

“Além disso, a planilha orçamentária e o edital de licitação também se encontram finalizados, aguardando abertura do Processo Licitatório da obra”, informou.

Segundo a instituição, juntamente com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESP-PR), um Termo de Convênio entre as duas instituições está sendo pactuado para que sejam disponibilizados os recursos financeiros para a execução da obra. “Assim que as obras iniciarem, o prazo de execução está estipulado em 18 meses”, garantiu a UEPG.

A reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais solicitou à SESP-PR mais informações a respeito das obras, mas não houve retorno da pasta.

Construção de prédio do IML depende de recursos financeiros
Projetos complementares do IML foram contratados por meio de licitação e podem ser utilizados em outras universidades

Projetos do IML

Os projetos da nova unidade foram entregues à SESP-PR em julho do ano passado e apresentado à Prefeitura de Ponta Grossa. O anteprojeto foi elaborado de forma conjunta pela Pró-reitoria de Planejamento (Proplan) e pela Polícia Científica. Os projetos complementares foram contratados por meio de licitação pública e podem ser utilizados em outras universidades, com as devidas adaptações.

Na época, a pró-reitora de Planejamento da UEPG, professora Andrea Tedesco, comentou que o projeto pode, inclusive, ser adaptado para outras cidades, o que proporciona economia de recursos públicos e agilidade no desenvolvimento de projetos.

“É uma estrutura de Polícia Científica bem equipada, moderna e em um local de fácil acesso, e ainda conjugada a uma estrutura acadêmica tanto para ensino quanto para pesquisa e extensão. Isso permite que o aluno veja o trabalho de análises anatômicas na prática e que possa ter intercâmbio de informações também com a Polícia Científica, dentro do que a legislação permite”, disse a pró-reitora no ano passado.

Prédio do IML

O projeto prevê que o edifício integrará a nova sede da Polícia Científica em Ponta Grossa, que contará com um Instituto de Criminalística, um Instituto Médico Legal e um Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).

O prédio será integrado a um Centro de Estudos de Anatomia da UEPG, o qual terá novas salas de aula, auditório e salas para dissecação e armazenamento de cadáveres. Na interligação entre os dois prédios haverá um Observatório Tanatológico, que será utilizado pelos dois órgãos para a realização de necropsias assistidas.

De acordo com o projeto, será uma nova sede da Polícia Científica, com condições adequadas para atendimento da população local e regional. Já o Centro de Estudos de Anatomia vai possibilitar a melhoria dos cursos já ofertados pela universidade, possibilitando a abertura de novas áreas na pesquisa e ensino.

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Há um ano, IML de Ponta Grossa deixava contêineres

Há exatamente um ano, as atividades do Instituto Médico Legal foram normalizadas após dois anos e cinco meses com as equipes trabalhando em local improvisado. No dia 1º de fevereiro de 2021, toda a parte operacional e administrativa do órgão regressou ao prédio-sede no bairro Nova Rússia.

Desde 29 de agosto de 2018, as necropsias e exames vinham sendo realizadas em espaço provisório, montado com contêineres alugados pelo Governo do Estado, em espaço anexo ao Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais.

A estrutura foi montada porque o prédio havia sido interditado para a realização de obras em muro que ameaçava cair, mas os contêineres ofereciam espaço inadequado ao trabalho rotineiro, pois não permitia a realização de determinados procedimentos.

Os contêineres não podiam, por exemplo, receber cadáveres em decomposição, o que obrigava as equipes a transportar corpos por longas distâncias. Em 2020, uma empresa foi contratada, via licitação, por R$ 411 mil, para fazer a demolição do muro e ajustes no terreno. Os trabalhos foram entregues no começo do ano passado.

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