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Construção civil reúne grande volume de dados sensíveis e deve adotar medidas de blindagem

LGPD impõe nova rotina de classificação e armazenagem de informações pessoais de clientes, fornecedores e colaboradores

João Pellissari é o gerente de TI da Prestes Construtora (Foto: Divulgação)

As empresas do setor da construção civil têm acesso a um grande número de dados sensíveis de seus clientes, que vão desde os números de documentos pessoais até informações sobre endereço, renda e bens. Com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), desde agosto deste ano, a guarda e proteção desses dados ganhou nova dimensão. 

Como punição para o vazamento de dados, a LGPD prevê desde advertência numa primeira infração até multas que podem alcançar os R$ 50 milhões. “A atenção aumenta muito, sobretudo porque multas e punições não só interferem no ativo da empresa como prejudicam sua imagem e reputação no mercado”, alerta o gerente de TI da Prestes Construtora, João Pellissari.

“Sempre nos preocupamos muito com a segurança das informações e agora apertamos os controles. Dentro da empresa, só tem contato com os dados quem realmente precisa deles”, explica Pellissari.

Com sede em Ponta Grossa, na região paranaense dos Campos Gerais, a Prestes vem se organizando desde 2019 para atender a todos os pontos da LGPD, o que incluiu a contratação de uma consultoria especializada no assunto, a VBR Brasil. “A LGPD veio para padronizar o mercado e selar esse compromisso, exigindo que todas as empresas tenham o mesmo cuidado. A lei atinge de microempresas a empresas de grande porte e todas estão sujeitas a sanções pesadas.”

O primeiro processo feito pela Prestes foi o “data mapping”, isto é, o mapeamento de todos os dados de  clientes, fornecedores, parceiros e colaboradores que foram armazenados pela empresa ao longo dos anos de atividade. A partir deste levantamento, foi possível  determinar quais informações são sigilosas ou necessitam de cuidado especial. 

Com esse filtro estabelecido, e com um mergulho nas novas demandas surgidas com a LGPD, a construtora passou a  estruturar rotinas e procedimentos para garantir a proteção de dados. A legislação brasileira acompanha a tendência internacional, prevendo que todos os públicos possam requerer informações sobre como seus dados estão armazenados ou pedir para que sejam apagados completamente das plataformas. 

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