A construção civil tem sido uma boa aliada do desenvolvimento de Ponta Grossa, estruturando a cidade para que ela possa suportar o seu ritmo de crescimento. Nos últimos três anos mais de 6.500 obras foram aprovadas pela prefeitura. 228 são apenas de prédios com 3 ou mais pavimentos, o que ainda aponta uma tendência de verticalização do município.
No total de todos os alvarás de construção emitidos no período, a metragem quadrada das construções autorizadas ultrapassa 1,8 milhão de m² – o equivalente a mais de 254 mil campos do estádio Germano Kruger, por exemplo.
O levantamento foi feito pelo DC com base em dados repassados pela Prefeitura Municipal.
Deste ano a administração municipal possui os dados completos apenas do primeiro quadrimestre, já que passou por uma atualização de sistema. Mas, mesmo assim, os números são impressionantes: de janeiro a abril 441 construções foram finalizadas e ficaram prontas para ser utilizadas. O número, referente à quantidade de “habite-se” expedidos, é 52% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado.
Em relação às obras que estavam aptas a iniciar, no primeiro quadrimestre de 2022 a prefeitura emitiu 1.549 alvarás de construção, quase o dobro (+94,6%) do que no mesmo período do ano passado.
Tendência
O desenvolvimento do setor da construção civil tem várias explicações: o crescimento da cidade, a atração de novos moradores devido à ampliação dos setores empresarial, industrial e educacional, principalmente, e também à própria pandemia, quando as pessoas passaram mais tempo em casa e começaram a investir mais na qualidade da sua moradia.
Outra característica que tem se destacado na cidade são as grandes obras residenciais, já que o conceito de condomínios e loteamentos vem se popularizando cada vez mais nos últimos anos.
Gastos
De acordo com os dados de potencial de consumo de Ponta Grossa, os gastos familiares com habitação e construção devem crescer 17,5% até o fim do ano, comparados com 2021.
O valor passou de R$ 2,7 bilhões no passado para R$ 3,18 bilhões em 2022, representando mais de um quarto (26,56%) do potencial de todos os gastos dos ponta-grossenses neste ano.
Segmentando o potencial de consumo da habitação e construção em Ponta Grossa por classes econômicas, a maior média de gastos por domicílios, naturalmente, é de quem possui maior poder aquisitivo: na classe A são R$ 74.783,92 por família, na B são R$ 39.815,74/família, na C são R$ 24.108,11/família e na D/E, R$ 12.456,17/família. No total, a média chega a R$ 26.771,69 por família.