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Construção civil faz saldo de empregos da região de Ponta Grossa mais do que dobrar em um ano

Grandes obras, como viadutos de Ponta Grossa e nova unidade da Klabin em Ortigueira correspondem à mais de a metade das quase 6,5 mil vagas formais criadas em 2020

Construção do acesso secundário à PR-151, próximo à DAF, começou no final de julho (Foto: Arquivo DC)

Os dezenove municípios da região dos Campos Gerais geraram, no total, 6.492 novas vagas de emprego neste ano, de janeiro a setembro. Este número é superior ao dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando em nove meses foram criados 2.956 postos de trabalho na região. Ambos os saldos de empregos são provenientes da retirada das demissões do total de admissões e foram divulgadas nesta semana pelo Ministério da Economia, que através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) retrata o comportamento das “carteiras assinadas” em todo o país.

Mas como este desempenho foi alcançado em um ano marcado por dificuldades financeiras em todas as áreas, provenientes da pandemia que assolou o mundo? A resposta está no resultado das atividades econômicas. Considerando o saldo de empregos de cada setor, o destaque foi para a construção civil que, sozinha, gerou 81% de todas essas novas vagas.

As cidades que lideram este ranking específico são Ponta Grossa (+3.579 vagas) e Ortigueira (-1.387), que possuem totais muito superiores à outras; o terceiro município da região que mais gerou empregos na construção civil em 2020 foi Telêmaco Borba, com +158 vagas.

Enquanto que Ortigueira recebe o maior investimento privado da história do Paraná – R$ 9,1 bilhões para a construção da nova unidade da Klabin, obra que deve totalizar 9 mil empregos, entre diretos e indiretos – Ponta Grossa, além do boom imobiliário pelo qual vem passando nos últimos anos, recentemente também está recebendo a construção de quatro novos viadutos e um novo sistema de transmissão de energia; ao segmentar o resultado da construção civil da cidade mês a mês, vê-se que o maior saldo de empregos foi em agosto (+717), quando se intensificaram as contratações para as obras.

Outros setores

Após a construção civil, o setor que mais gerou novas admissões neste ano na região foi a indústria, com 1.651 novas vagas. Na sequência figuram a agropecuária (804) e os serviços (43). A única atividade econômica que ainda não obteve uma recuperação completa da crise e ainda acumula o fechamento de postos de trabalho é o comércio, que até setembro extinguiu 209 empregos nas dezenove cidades que integram a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG).

Cidades

No geral, treze municípios da região contrataram mais do que demitiram de janeiro a setembro de 2020, enquanto que em seis o desempenho foi negativo. Comparando o saldo de empregos das cidades ao do mesmo período do ano passado, apenas oito tiveram resultados piores, enquanto que as outras onze se saíram melhor neste ano.

No ranking regional de saldo de empregos a liderança é de Ponta Grossa (+3.140), responsável por quase a metade (48%) de todas as vagas que surgiram desde janeiro, Ortigueira (+2.112) e Palmeira (+368). Na ponta inversa, os piores resultados foram registrados por Piraí do Sul (-292), Reserva (-112) e São João do Triunfo (-45).

Ponta Grossa é a 5ª cidade do Brasil que mais gerou novos empregos neste ano

Entre os 5.570 municípios do país Ponta Grossa obteve o 5º lugar no ranking dos que mais criaram novos empregos neste ano. Em primeiro está Parauapebas/PA (213,5 mil habitantes), com 7.576 contratações a mais do que demissões, em segundo a capital São Luís/MA (1,1 milhão de habitantes), com saldo de +7.367 vagas, em terceiro Lençóis Paulista/SP (68,9 mil habitantes), com +3.330 postos de trabalho, em quarto Chapecó/SC (224 mil habitantes), com +3.271 empregos e em quinto Ponta Grossa/PR (355,3 mil habitantes), com 3.140 novas vagas.

Os setores destaques são a construção civil (+3.579) e a indústria (+561), e também acumula resultado positivo no ano a agropecuária (-23). Em contrapartida, o comércio e os prestadores de serviços mais demitiram do que contrataram, registrando -623 e -400 empregos na cidade, respectivamente.

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