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Confira 7 estudos já divulgados que tentam entender a covid-19

O mundo ainda tenta entender de onde veio e para onde vai nos levar a pandemia da covid-19. Enquanto a maioria já amarga as consequências do novo coronavírus, grupos de pesquisadores de diversos países e instituições buscam compreender de que forma ele age no organismo humano, como as pessoas podem se prevenir e quais são seus efeitos a médio e longo prazo.

Em meio a tudo isso surgem orientações gerais, enquanto outros estudos lançam mais dúvidas sobre a doença. As conclusões, ainda que iniciais, variam entre as imediatamente aceitas e as quase inacreditáveis. O Diário dos Campos selecionou 7 dessas pesquisas, divulgadas por veículos de comunicação nas últimas semanas. Confira:

 

1- Cannabis

Cientistas da Universidade de Lethbridge, do Canadá, apontaram que uma variedade medicinal da cannabis sativa – pra quem não sabe, a planta a partir da qual é produzida a maconha – pode servir como um importante inibidor da propagação do coronavírus no organismo. Segundo o pesquisador Igor Kovalchuk, pelo menos 12 das 400 variedades da planta que foram testadas em laboratórios conseguiram diminuir em 73% o número de receptores do vírus. A notícia foi divulgada neste mês pela Revista Fórum.

 

2 – Fumantes

Pesquisadores franceses mapearam que um percentual pequeno dos doentes são fumantes. Um quarto dos adultos franceses fumam, mas apenas 8,5% de 11.000 pacientes internados em hospitais parisienses são fumantes. A notícia circulou em vários portais na internet, em abril. No início de maio, outras publicação rebatiam a tese de que os fumantes estão mais protegidos contra a covid-19. O Instituto Nacional de Câncer precisou publicar explicações em seu portal. “O consumo do tabaco é a principal causa de câncer de pulmão e importante fator de risco para doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), entre outras doenças. Pelo exposto, podemos dizer que o tabagismo é fator de risco para a covid-19”, informou.

 

3 – Hormônios

Aparentemente, a maioria das vítimas, e as que apresentam resultados mais graves diante da covid-19, é formada por homens. Diante disso, uma equipe de pesquisadores de São Paulo investiga o papel dos estrogênios – hormônios femininos – na proteção fisiológica contra o coronavírus. Em Ponta Grossa (PR), 55% dos casos de pacientes identificados com a covid-19 até o momento é de homens, mas ainda não foram divulgados detalhes do perfil dos hospitalizados, para permitir saber se a proporção é maior entre os casos mais graves.

 

4 – Pelo ar

No início da pandemia, a informação geral era de que o contágio pelo novo coronavírus raramente ocorreria pelo ar, a não ser com alta proximidade ou exposição a partículas emitidas pela respiração, espirro ou fala de pessoas infectadas. No final de abril houve novas avaliações. Pesquisa realizada por cientistas de Wuhan, na China, um dos primeiros locais a identificarem o contágio, identificou partículas suspensas do novo coronavírus no ar-condicionado de hospitais. O problema maior seria em ambientes fechados, como restaurantes e ônibus. A orientação reforça a necessidade de uso de máscaras, embora até elas exijam estudo sobre a eficácia.

 

5 – Olfato

O novo coronavírus já era tema constante há quase dois meses no Brasil, quando surgiu a informação de que ele pode causar perda de olfato e paladar em cerca de 30% dos infectados. Esse foi o apontamento da Universidade Estadual de Campinas, que verificou a infecção nos neurônios humanos. Além desses sintomas, derrame e dor muscular também teriam origem na infecção de neurônios.

 

6 – Alucinações

Estudo da Universidade de La Trobe, na Austrália, aponta que pacientes com covid-19 podem apresentar alucinações e ouvir vozes. Os cientistas analisaram 14 artigos científicos sobre efeitos do novo coronavírus e concluíram que ele pode provocar aumento na prevalência de psicose, especialmente entre pessoas com elevado estresse psicossocial.

 

7 – Cloroquina

Um dos temas mais polêmicos é em relação ao uso da substância cloroquina e seus derivados no tratamento de pessoas infectadas pela covid-19. O mais recente estudo, feito pela Universidade de Columbia (EUA) com mais de 1,3 mil nova-iorquinos, não foi conclusivo sobre sua eficácia, embora não tenha notado diferença significativa em relação a melhora de pacientes. Um artigo publicado pela CNN Brasil em abril revelou que um estudo brasileiro foi interrompido após a morte de 11 pessoas que passaram por testes com a substância. Só o futuro dirá até que ponto a cloroquina é eficaz.

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