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Comunidade questiona destino de primeiro observatório de PG

Imóvel fica no bairro Boa Vista e foi construído em 1958 (foto do grupo Memória Viva - Marcelo Kaczmarech)

Através de uma publicação do grupo ‘Memória Viva’, publicado no Facebook e administrado pelo Jornal Diário Campos, a comunidade levantou uma discussão sobre o primeiro Observatório Astronômico de Ponta Grossa e sua não utilização pela população. O local fica na rua Otaviano Macedo Ribas, no bairro Boa Vista, e foi construído em 1958. Inclusive, o bairro tem esse nome por conta da vista panorâmica privilegiada.

O observatório deixou de ser utilizado há aproximadamente 20 anos, quando a Universidade Estadual de Ponta Grossa inaugurou um novo observatório no Campus Uvaranas, no ano de 2005.

Primeiro Observatório Astronômico de Ponta Grossa

Na publicação do Facebook, os usuários questionam sobre a falta de preservação do imóvel e a não utilização do espaço.

“Esse observatório deve ser restaurado e utilizado pelos Astrônomos amadores de Ponta Grossa que fazem um excelente trabalho!”, disse Juliano Levandowski.

Isa Regina comentou que conheceu a estrutura quando cursava geografia e completou com “lamentável saber que se encontra nesse estado”. Outras pessoas questionam o motivo do imóvel não ser tombado e preservado pelo governo municipal.

Já André Rosa fez um relato sobre as experiências que teve no local e ainda relembrou dos 200 anos da cidade de Ponta Grossa e como as pessoas deveriam relembrar espaços importantes para a cultura. “Este local foi um deslumbramento, para mim e para minha geração. Em 1989, junto com a 7ª série do colégio Júlio Teodorico, acompanhamos o eclipse total da Lua […] Uma pena que se fale tanto de ‘200 anos de nada’ e esqueçam o que realmente é relevante para a cultura, o conhecimento e a história da cidade”.

Tombamento fracassado

Em consulta ao site do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, o processo de tentativa de tombamento do Observatório Astronômico aparece na aba de tombamentos fracassados.

A tentativa foi feita em 2019 e pleiteada pela Sociedade Princesina de Ciência Astronômicas. Porém, o local não atendia às condições exigidas pelo Compac e não teve o tombamento aceito por irrelevância histórica, segundo o site do Conselho.

Destino

A reportagem do jornal Diário dos Campos e portal DCmais entrou em contato com a assessoria da UEPG, perguntando se a universidade tem um plano de revitalização e utilização do espaço. Até o fechamento da reportagem, a assessoria não deu retorno sobre os questionamentos.

(foto: José Aldinan)

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