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Comunidade denuncia volta de funcionamento de bingo

Moradores da região central de Ponta Grossa entraram em contato com o Diário dos Campos relatando que a casa de jogos, cujas atividades foram interrompidas em operação do Gaeco, no último dia 3, teria voltado a funcionar na semana passada. Conforme os relatos de moradores do entorno, no último dia 11, equipamentos eletrônicos como CPUs e monitores foram instalados novamente no mesmo imóvel que foi alvo da ação de agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. A equipe do DC esteve no local e confirmou que a movimentação de pessoas é intensa no período da tarde.

Cléa Correa Francisco, que mora na região há 20 anos, conta que ficou surpresa com a volta de movimento no local. “Barulho nunca teve, mas o que incomoda é que nunca tem lugar para estacionar. Nem de dia, nem de noite, sábado, domingo ou feriado. Houve o fechamento do bingo mas, na quarta-feira da semana passada, notei que o movimento voltou. Perguntei a duas pessoas que saíam do local se o bingo tinha voltado a funcionar, e me responderam: ‘está, e está funcionando muito bem’”, conta a moradora.

A reportagem entrou em contato com o restaurante que funciona no mesmo prédio, e a direção do estabelecimento comentou que a investigação sobre a casa de jogos acabou prejudicando também o restaurante. “Muitos clientes deixaram de vir, achando que temos alguma relação com o bingo, mas são lugares distintos”, comentou uma das proprietárias do estabelecimento, que continua servindo refeições, mas viu o movimento de clientes cair vertiginosamente.

 

Ministério Público

A assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná (MP-PR), órgão do qual o Gaeco faz parte, informou que os equipamentos apreendidos no último dia 3 continuam sob tutela do MP-PR, e que não pode comentar investigações em andamento. O DC tentou contatar os locatários do imóvel onde funcionaria o bingo, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

 

A Operação

Em 3 de outubro, operação do Gaeco apreendeu dezenas de computadores e documentos em imóvel localizado no Centro de Ponta Grossa. Duas pessoas tiveram a lavratura de termo circunstanciado por promoverem o jogo e outras 53 foram conduzidas ao Juizado Especial após serem flagradas enquanto jogavam, já que o bingo estava em pleno funcionamento no momento da operação. Cerca de 12 agentes do Gaeco de Ponta Grossa e Curitiba atuaram naquele dia. A prática de jogo é apenas uma contravenção penal, mas outros crimes maiores estão sendo investigados, incluindo lavagem de dinheiro, prevaricação e corrupção de agentes públicos.

Daniel Calvo
Cléa: “Nem tem lugar para estacionar na rua”

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