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Começam as obras do novo viaduto da PR-151, em Ponta Grossa

Infraestrutura

Maquinários foram preparados para realizar limpeza e terraplanagem do local na manhã de quinta-feira (30). (Foto: José Aldinan)

Por Luana Souza

A PR-151, em Ponta Grossa, principal ligação da região dos Campos Gerais com Norte Pioneiro e o Interior de São Paulo, iniciou ontem (30) uma das frentes de obras estruturantes da concessionária CCR Rodonorte. Trata-se da construção de um novo acesso secundário ao município, localizado no km-318, que também é saída para as cidades de Castro e Carambeí.

O conjunto de obras inclui uma trincheira, um viaduto, alças direcionais, pistas em três níveis diferentes e uma nova rotatória. A obra é fruto de um acordo de leniência entre a CCR Rodonorte e o Ministério Público Federal (MPF) que prevê que o ressarcimento de R$ 750 milhões até o final do contrato de concessão, no final de 2021. Desse valor, R$ 35 milhões foram pagos em multas, R$ 350 milhões são à redução de 30% das tarifas de pedágio e R$ 365 milhões em obras estruturais no perímetro de atuação da concessionária.

A execução das quatro obras previstas para Ponta Grossa está sendo feita pela empresa ponta-grossense Antônio Moro e Cia Ltda, que deverá contar com cerca de 100 trabalhadores no decorrer dos trabalhos. Na manhã de quinta-feira (30), cerca de 10 colaboradores da empresa preparavam os maquinários para a realização da limpeza e a terraplanagem da área. A previsão é que os trabalhos sejam finalizados até novembro de 2021.

Segundo a concessionária, nestes primeiros dias, não há previsão de interdição e interferências no tráfego da região, no entanto, alerta para que os motoristas redobrem a atenção no local por conta da circulação de máquinas e colaboradores.

“Do ponto de vista da engenharia de tráfego, esta é uma das obras mais desafiadoras dentre as frentes que a CCR Rodonorte inicia nestes meses. Com a obra finalizada, teremos os acessos daquela região todos em desnível, além de um dispositivo que visualmente impressiona e qualifica a infraestrutura da nossa região de forma significativa”, ressalta Thais Labre, diretora-presidente da CCR Rodonorte.

Empregos

Para o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, a obra impacta diretamente na vida de todos os ponta-grossenses. “Primeiro porque estamos falando de obras que ultrapassam R$ 100 milhões e que geram arrecadações para o município. Isso faz com que a cidade possa ter novos investimentos somente com a arrecadação que retorna em tributos para a prefeitura. Estamos falando de geração de emprego que também vai impactar muito o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados”, disse Rangel.

Além de resultados importantes para a economia, o prefeito destaca que o conjunto de obras também vai promover a modernização da cidade. “Ponta Grossa sempre teve um passivo grande em investimentos de grande porte em todas as nossas entradas. Nós só tínhamos o viaduto do Vendrami mas, pelo porte de Ponta Grossa, tínhamos que ter outros investimentos neste sentido. E agora estamos falando de uma revolução estrutural e estou feliz com estas obras, pois teremos uma valorização ainda maior do nosso município”, destacou.

De acordo com o coordenador da Agência do Trabalhador de Ponta Grossa, John Elvis Ribas Ramalho, diversas vagas voltadas para a construção civil surgiram nos últimos meses e o número deverá aumentar com as obras de grande porte que iniciaram na cidade.

“Estamos aguardando com ansiedade o contato da empresa Antônio Moro para a abertura de mais vagas na construção civil. Acredito que deverão surgir 400 novas vagas pela Agência do Trabalhador voltadas para as próximas obras. Importante lembrar que as oportunidades vão surgir durante o decorrer dos próximos meses. Trata-se da abertura de vagas na medida em que a obra vai avançando, podendo surgir até mais que esta expectativa”, apontou.

Relevância

O secretário Estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, a PR-151 é muito utilizada como acesso secundário a Ponta Grossa, atendendo uma grande parcela da cidade, inclusive, estudantes universitários que utilizam as vias de acesso.

“O trecho também atende indústrias como a DAF e a Frísia. E quando chega ao final do dia nós temos um perigo constante, porque é uma travessia em nível e, por várias vezes, tivemos impactos no local. Por isso, esta obra foi incluída como prioritária, porque será realizada em três níveis”, comentou o secretário.

Sandro Alex apontou ainda que trata-se de uma obra complexa por estar próxima de uma reserva ambiental. “Os projetos foram realizados com muito cuidado para que não tivesse nenhum impacto ambiental e para que possamos oferecer toda a mobilidade para qualquer um dos sentidos, seja para São Paulo, Curitiba ou Norte do Paraná. Nós precisamos terminar a obra antes do final da concessão, o que pode acontecer antes do mês de novembro”, finalizou.

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