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Com corte de adicional de insalubridade, servidores da saúde vão parar

(Foto: Fábio Matavelli)

Em assembleia realizada no fim da tarde desta quarta-feira (1°) os servidores da saúde decidiram que vão paralisar as atividades caso o Município não retome o pagamento do adicional de insalubridade da covid-19, que chega a 40%. O valor vinha sendo pago desde agosto de 2020, retroativo a abril do ano passado, mas a prefeitura cortou o pagamento na folha do mês de agosto deste ano. A assembleia foi presencial e reuniu cerca de 300 servidores.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (Sindserv), Roberto Carlos Ferensovicz, afirma que na manhã desta quinta-feira (2), o sindicato notificará o Município sobre a posição dos trabalhadores e a paralisação iniciará 72 horas após o comunicado. Segundo ele, serão mantidos os atendimentos de urgência e aqueles relativos à covid-19, mas não informou, no entanto, quantos servidores devem paralisar as atividades.
A maioria dos servidores, que já recebia 20% de adicional de insalubridade em grau médio, começou a receber o grau máximo durante a pandemia, chegando a 40%. O corte do adicional de insalubridade de 20% da pandemia foi feito já na folha de pagamento de agosto, atingindo mais de 1,5 mil servidores que atuam na linha de frente da covid.

Mais cedo nesta quarta-feira, diretoria do Sindserv, comissão de servidores se reuniram com os secretários de Administração e Recursos Humanos, Mauricio Silva; de Governo, Sebastião Mainardes Junior; o procurador geral do Município, Gustavo Schemim da Matta, e o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Rodrigo Manjabosco, para pedir a manutenção do pagamento do adicional pelo menos até o final do ano. “Os secretários informaram que só poderão dar uma resposta final na segunda-feira [6]”, explica o presidente do Sindserv.

Manifestação

A quarta-feira foi dia de manifestação dos servidores da saúde contra o corte do adicional de insalubridade da covid-19. Primeiro, os profissionais se reuniram na Câmara de Vereadores e depois se dirigiram para a frente da prefeitura.

Na tribuna da Câmara, Ferensovicz, expôs a reivindicação dos servidores e pediu apoio dos vereadores. “Os trabalhadores não tiveram tempo de se prepararem para este corte, foram avisados seis dias antes do pagamento da folha, pegando todos de surpresa”, aponta. “Para iniciar o pagamento do adicional de insalubridade, o Município precisou de cinco meses para se preparar – levando em conta que o pagamento inciou em agosto de 2020, retroativo a abril -, mas para retirar, avisa o trabalhador seis dias antes. Isso sem falar que os servidores estão há dois anos sem reajuste”, aponta.

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