Após ameaças de greve dos caminhoneiros e bloqueio de rodovias, Ponta Grossa amanheceu com filas em postos de combustíveis – e, comparados à semana passada, alguns preços dispararam, seguindo a lei da oferta e demanda. Enquanto que no dia 30 de agosto o litro da gasolina era encontrado por, no máximo, R$ 5,89 na cidade, nesta quinta-feira (9) ele se aproximou da marca de R$ 6.
Os dados são do aplicativo Menor Preço, da plataforma do Nota Paraná, que leva em conta os registros de “CPF na nota” e a consulta foi feita na manhã de hoje (9).
O preço mínimo da gasolina em Ponta Grossa também subiu: enquanto que na segunda-feira da semana passada o litro do combustível era achado por R$ 5,67, de acordo com a plataforma que atualiza preços em tempo real nesta quinta-feira (9) não era possível achar o produto por menos de R$ 5,77.
Com isso, em uma semana e meia o preço médio da gasolina em Ponta Grossa passou de R$ 5,78 para R$ 5,88.
Petrobras
A última alta aplicada pela Petrobras nas refinarias foi no dia 12 de agosto. No total do ano, já foram 9 aumentos e 4 baixas, que somam um incremento de R$ 0,95 – nas refinarias, já que até chegar nas bombas o preço é acrescido de outras partes.
Segundo a última coleta da companhia, mais de um terço (33,8%) do preço da gasolina é composto pela própria Petrobras. O imposto estadual (ICMS) representa 27,8%, o custo da mistura do etanol anidro 17,2%, os impostos federais (Cide, Pis/Pasep e Cofins) 11,4% e as distribuidoras e postos de combustíveis pesam 9,8% no preço do combustível.
Não há desabastecimento, diz Paranapetro
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Paranapetro), que representa os postos, emitiu uma nota na manhã desta quinta-feira (9) afirmando que não há falta de combustíveis e orientando a população sobre o consumo consciente. Veja:
Até a manhã desta quinta-feira (9/9) não recebemos registros de desabastecimento de combustíveis em nenhuma região do Paraná. O que pode ocorrer são casos pontuais em alguns postos.
Diante disso, é importante que a população faça um consumo consciente. Uma corrida aos postos, com vendas muito acima do normal, pode gerar falta do produto em determinadas regiões.
O Paranapetro reforça, entretanto, que espera que as manifestações não se intensifiquem, pois bloqueios poderiam prejudicar a distribuição de combustíveis.