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Cidadão pede palavra e faz desabafo durante anúncio no HU-UEPG

Ivanir Levandowski pediu a palavra e fez um desabafo sobre a situação da mãe. Foto: José Aldinan.

Um fato chamou a atenção enquanto aconteciam os discursos de anúncio da construção do Ambulatório Médico de Especialidades Universitário (AME), realizado na manhã de quarta (11). Um professor da rede estadual do Paraná, que não tinha relação com o evento, pediu a palavra e fez um desabafo sobre problemas no atendimento de saúde à sua mãe.

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Diante da prefeita Elizabeth Schmidt, do secretário de estado da saúde Beto Preto, do reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto e outras autoridades presentes no Hospital Universitário da UEPG, o professor Ivanir Bráz Levandowski, de 58 anos, se queixou da falta de ambulâncias do SAMU e do atendimento dado à sua mãe, de 83 anos, com um quadro de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

“Esse discurso que fazem é um discurso falacioso. A saúde é deficitária em recursos físicos e humanos. Consequentemente, quem sofre é a população. Para eles é indiferente porque eles tem saúde particular. Para as pessoas mais pobres faz a diferença. Eles estão lá pra isso”, disse o professor.

À reportagem do portal DCmais, Levandowski relatou que sua mãe sofreu um AVC no dia 18 de dezembro e foi “muito bem atendida por toda a equipe do HU”, melhorando e tendo alta sem sequelas no dia 24 de dezembro de 2022.

Desde então, a mulher foi tendo dores e sendo medicada com analgésicos. Na manhã de quarta (11 de janeiro), a mulher começou a ter inchaços nos pés, mãos e no rosto. Além disso, ela teve perda dos movimentos do braço e fez com que o filho chamasse o Samu.

Na triagem inicial, o Samu informou Levandowski que não havia ambulâncias disponíveis e que ele deveria levar a mãe de carro ao HU diretamente na emergência. “Como a mãe é egressa do hospital, eles deveriam dar pronto atendimento a ela em até 30 dias. Com muita dificuldade levamos ela lá”.

O professor relatou que ao chegar ao hospital, a equipe do pronto atendimento não queria atender sua mãe, uma vez que ela não veio pela ambulância. Levandowski então pediu que a equipe entrasse em contato com a médica do Samu para certificar a entrada da senhora na emergência. Um médico do HU fez os primeiros atendimentos à paciente no carro.

“Isso é um absurdo. Se você está em uma emergência, pelo menos coloque a pessoa para dentro do hospital. Isso irrita a gente”, afirmou Levandowski. “Eu soube que estavam fazendo esse discurso, pedi a palavra e fiz um desabafo”, conclui. 

Sobre o evento do desabafo do professor e a situação com a paciente relatada por ele, foi solicitado um retorno à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA), que ainda não foi encaminhado à redação. O espaço permanece aberto.     

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