Em outubro a compra dos 33 itens considerados básicos passou a custar R$ 735,97 em PG – 66,9% do salário mínimo -, valor que representa o recorde histórico do preço da cesta básica em Ponta Grossa.
Os dados são do levantamento mensal do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nerepp-UEPG).
No ano, a alta é de R$ 68,79, ou 10,3% – variação maior que a inflação oficial do país no período, que foi de 8,24% (IPCA-IBGE).
Comparado ao preço da cesta básica de fevereiro de 2020 (R$ 527,03), o aumento é de R$ 208,94 durante a pandemia, 39,6% em pontos percentuais. Naquele mês o combo consumia 50,4% do salário mínimo vigente (R$ 1.045).
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Variação mensal da cesta básica em Ponta Grossa
No mês, a variação é de 0,74%. No grupo “Hortifrutigranjeiros”, a batata e a banana são os produtos que tiveram destaque na pesquisa – a batata ficou 26,22% mais cara e a banana 12,64% mais barata.
No grupo “Alimentação Geral”, o café foi o produto que ficou mais caro, com elevação de 7,32% e o arroz 6,39% mais barato.
O grupo “Carnes” apresentou queda de 3,56%, com a carne bovina ficando 3,17% mais barata.
O grupo “Higiene” apresentou aumento de 0,80% e o desodorante ficou 3,86% mais caro.
O grupo “Limpeza” teve aumento de preço (0,20% ), sendo o desinfetante o produto mais caro, com aumento de 3,40% no valor.
O estudo
A pesquisa da UEPG caracteriza o consumo básico de alimentação, higiene e limpeza de famílias com 3 membros em média, com renda de 1 a 5 salários mínimos e residentes em Ponta Grossa. O Índice Cesta Básica (ICB) não deve ser confundido como aferidor de inflação, além de ser exclusivo para representar as compras feitas no município.