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Cervejaria Schultz vai fechar as portas em PG para produzir nos EUA

Foto: Arquivo DC

A Brauerei Schultz, primeira microcervejaria de Ponta Grossa, está deixando não só a cidade, mas o país. O mestre-cervejeiro Herus Schultz conta que ele e sua esposa decidiram construir uma cervejaria no Tennessee, nos Estados Unidos, após uma longa análise.

“Sempre tivemos a vontade de montar algo fora do país. Buscamos por países em que a tributação não fosse tão alta, já que pagamos 56% de impostos no Brasil. Surgiram cinco opções: Paraguai, Argentina, Chile, Canadá e Estados Unidos, o qual escolhemos. Lá é onde se concentra se não o maior número de cervejarias, pelo menos o mercado global, onde há as melhores matérias-primas e tecnologias”, afirma ele.

“Fizemos a última produção no dia 5 de outubro e vamos ficar em Ponta Grossa até janeiro, para terminar nosso estoque e nos mudar em fevereiro”, conta Herus.

Porém, a fábrica da cervejaria que hoje abriga a Schultz, no bairro Contorno, não ficará vazia: os equipamentos foram comprados pela Strasburger, que está investindo R$ 2 milhões na sua ampliação – de produção e de locais.

“Hoje temos uma fábrica, bar e restaurante no centro. Estamos transferindo a fabricação dela para uma nova unidade, próxima ao Lago de Olarias, onde também inauguraremos um bar na segunda quinzena de novembro. No centro, o bar e restaurante seguem ativos, e agora tomamos posse também da estrutura da Schultz. Com tudo isso, nossa produção vai passar de 8 mil litros por mês para 48 mil”, conta Trajano Dória Jorge , sócio-proprietário da Strasburger.

“Estamos trabalhando com 13 rótulos e até talvez até o início do próximo ano teremos mais um ou dois”, complementa ele.

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Outros investimentos

Atualmente, Ponta Grossa conta com seis microcervejarias, que utilizam cinco estruturas fabris: Partner, Palais, Schultz, OAK, Strasburger e Steudel. As cinco primeiras formam a Associação de Microcervejarias da cidade e, segundo o seu presidente, Rogério Garcia, todas passaram recentemente ou estão passando por ampliações.

“Juntos, hoje temos capacidade de produzir cerca de 200 mil litros por mês. Com os novos investimentos, devemos chegar a pelo menos 240 mil litros/mês”, estima ele, que é empresário da Partner. Sobre o seu negócio, Garcia afirma que durante a pandemia foi feito um investimento para ampliar em 40% a sua capacidade produtiva.

Outra microcervejaria local que também apostou na expansão do seu negócio foi a Koch Bier, que no último fim de semana inaugurou um investimento de R$ 1 milhão. “Ampliamos a nossa capacidade em quatro vezes, chegando agora à capacidade de 70 mil litros/mês. Temos 12 tipos de chopp, que comercializamos em growler, barril e lata, e atendemos os Campos Gerais, Curitiba, São Paulo e Mato Grosso do Sul, por exemplo”, conta Roberto Wasilewski.

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