As celas modulares (shelters) já estão prontas para receber os presos do presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. Ao todo, seis celas foram implantadas para abrigar 72 detentos (12 por cela). De acordo com o diretor do presídio, Sebastião César de Araújo, as shelters são completas com caixa d'água, chuveiro, iluminação e triliche. O investimento foi de R$ 948 mil, recursos do Governo do Estado.
O 'Cadeião' como é chamado tem sofrido com problemas graves na infraestrutura do prédio, mas também com relação a superlotação de presos. O local tem capacidade para apenas 200 vagas, no entanto, bateu recentemente o recorde de superlotação com pouco mais de 900 detentos, de acordo com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).
"A implantação das celas modulares foi uma política do Estado para atender a demanda, principalmente, dos presos já condenados", disse o diretor do presídio, Sebastião César de Araújo. Antes da transferência, os detentos passam por uma avaliação de perfil e comportamento. "Acredito que a transferência deverá ocorrer ainda nesta semana", complementa Araújo.
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Alívio
Ainda nesta semana, o Governo do Estado anunciou o compromisso de publicar até 30 de novembro o edital de licitação para a construção da segunda penitenciária estadual da cidade.
O espaço, que irá oferecer 752 novas vagas para presos em regime fechado, terá o investimento de R$ 23,8 milhões em recursos já disponibilizados. As obras devem ser executadas em 15 meses após a assinatura de contrato. O anúncio foi feito durante reunião entre o secretário especial de Administração Penitenciária, Hélio de Oliveira Manoel e o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel na tarde de segunda-feira (25).
O Estado também se comprometeu em licitar o projeto para a obra da Casa de Custódia, que deverá oferecer outras 512 vagas, ainda no mês de novembro. Com isso, a promessa é que a cidade passe a contar com cerca de 1,3 mil novas vagas no sistema prisional.
O Paraná soma atualmente cerca de 37,5 mil presos. Por 30 anos, o estado manteve presos em celas instaladas junto a delegacias, uma realidade que vem sendo alterada desde 2011. Isso fez com que a população carcerária em cadeias e penitenciárias aumentasse cerca de 42% nos últimos sete anos.