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CEI ouvirá gestores do Hospital Municipal

Comissão apura supostas irregularidades no funcionamento do Hospital Municipal e UPA Sant’Ana

Na quinta-feira foram ouvidas servidoras da UPA Sant’Ana. Foto: Luiz Lacerda/CMPG

Na tarde da próxima terça-feira (16), a Comissão Especial de Investigação (CEI) da Saúde, instaurada na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa para apurar supostas irregularidades encontradas em auditoria da 3ª Regional de Saúde no funcionamento do Hospital Municipal e UPA Sant’Ana ouvirá gestores do Hospital Municipal Amadeu Puppi. Na ocasião serão ouvidos o diretor técnico, Marco Antônio Moutinho; diretor clínico, Antônio Roberto Anjos Mansur e a gerente de enfermagem, Jessica Senger Marin.

As oitivas estão previstas para serem encerradas na quinta-feira (18), com os depoimentos do secretário municipal de Saúde, Rodrigo Manjabosco, e o chefe da 3ª Regional de Saúde, Robson Xavier da Silva.

Na primeira oitiva realizada, na quinta-feira (11), foram ouvidas a supervisora administrativa do Hospital Municipal e UPA Sant’Ana, Alessandra de Fátima Ornat; diretora técnica da UPA Sant’Ana, Kelly Maria dos Santos, e a gerente de enfermagem da UPA Sant’Ana, Willa Vivas Amado Aoni. Elas deram detalhes sobre a transferência dos atendimentos de urgência do Hospital Municipal para a UPA Sant’Ana. Elas comentaram, em especial, sobre a dinâmica de atendimento dentro da UPA e também deram explicações sobre as causas na demora no atendimento, que constantemente é fruto de reclamação dos usuários.

“Um pronto atendimento é um serviço voltado para urgência e emergência. São casos de pessoas que estão passando por situações que envolvem risco à vida. Qual o problema da demanda ser tão grande? As pessoas muitas vezes não entendem o que é um serviço de urgência e emergência. Se for lá vai encontrar pessoas que estão indo em busca de receita de medicamento de uso contínuo, que deveria ter ido à unidade básica de saúde para pegar a receita”, exemplifica Kelly. “Normalmente os pacientes que reclamam do atendimento são os pacientes que nem deveriam estar lá, devido à classificação de risco”, completa.


Uma das grandes dificuldades, aponta Kelly, em relação à demora na transferência de pacientes da UPA para hospitais se refere a especialidades. “Uma UPA não é hospital que faz o atendimento completo. Ela é passagem, até a transferência para hospital de referência”, explica. Segundo ela, os pacientes que necessitam de atendimento especializado são cadastrados na central de leitos de Estado. “É esta central que vai direcionar o paciente para onde tem vaga. Nós não temos controle do aceite, da porta dos outros hospitais”, destaca. “Enquanto alguns hospitais alegam falta de vagas, nós não podemos. É como se nós não tivéssemos superlotação. Dificilmente são emitidas notas de superlotação da UPA”, frisa Kelly. Willa aponta que, em média, cerca que de 300 pessoas são atendidas pela UPA diariamente.


Para o presidente da CEI, vereador Filipe Chociai (PV), a audiência foi bastante produtiva, já que as três profissionais convidadas pela comissão atenderam ao convite e prestaram depoimento. “Acredito que foram sinceras e transparente conforme a realidade que vivem na unidade”, destaca. “Com os depoimentos previstos para próxima semana, acredito que teremos um bom embasamento para o confecção do relatório”, aponta.


Segundo Chociai, a comissão fez requerimentos de informações à prefeitura e aguara retorno. A comissão também aguarda informações da 3ª Regional de Saúde sobre detalhes da auditoria realizada, já que os servidores responsáveis pelo trabalho foram convidados para prestar depoimento, mas não compareceram. “Mas com a presença do Robson [chefe da 3ª Regional], também esperamos esclarecer estas questões”, frisa. Além de Chociai, integram a CEI os vereadores Divo (PSD), Joce Canto (PSC), Jairton da Farmácia (DEM), e Ede Pimentel (PSB).

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