A Comissão Especial de Investigação (CEI) da Saúde, instaurada na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa para apurar supostas irregularidades encontradas em auditoria da 3ª Regional de Saúde no funcionamento do Hospital Municipal e UPA Sant’Ana, dará início às oitivas das testemunhas na próxima quinta-feira (28), a partir das 13h30, no plenário da Câmara. Na ocasião, serão ouvidos Maurício Betinardi, Claudia Mendes Soares Zaparoli, e Ana Paula Magalhães, profissionais da 3ª Regional da Saúde que realizaram a auditoria.
A CEI também programa oitivas nos dias 4 e 9 de novembro; a comissão planeja ouvir representantes do HM e da UPA. Conforme o presidente da CEI, vereador Filipe Chociai (PV), também já foi protocolado requerimento de informações junto ao Poder Executivo. Segundo ele, a comissão também deve solicitar à 3ª Regional de Saúde os documentos que são apontados na auditoria e que corroboraram para o resultado do trabalho. Além de Chociai, integram a CEI os vereadores Joce Canto (PSC), Divo (PSD), Jairton da Farmácia (DEM), e Ede Pimentel (PSB) – este na relatoria.
Na auditoria que analisouo o processo de transferência do serviço de Pronto Atendimento para a UPA Sant’Ana, a 3ª Regional de Saúde fez 21 constatações, que incluem diferença entre número de leitos inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES); leitos vagos constando no censo hospitalar como ocupados; tomógrafo inoperante; ausência de serviços contratados com o Estado do Paraná no HM; estrutura do Hospital Municipal precária; ausência de desfibrilador e cardioversor no carrinho de emergência; falha na identificação e segurança dos pacientes, entre outras irregularidades.
Problemas envolvendo segurança dos pacientes e trabalhadores da UPA Sant’Ana vem sendo recorrentes. Há poucos dias, o dcmais divulgou o caso de uma profissional da saúde da unidade que foi alvo de agressões de um paciente que teria dado entrada durante a noite e tinha sinais de embriaguez. Antes disso, em julho, uma tentativa de estupro foi registrada no local. Por conta dos problemas registrados, a prefeitura informou que até a instalação de câmeras de monitoramento e de alarmes, equipes da Guarda Municipal iriam se revezar para garantir segurança de pacientes e servidores da unidade.