A 11ª promotoria do Ministério Público do Paraná (MPPR)de Ponta Grossa, que trata especificamente de processos envolvendo casos de saúde e de proteção ao idoso, deve apresentar dentro de 60 dias as conclusões acerca do caso envolvendo a morte de uma bebê, ainda no nascimento, ocorrida em março deste ano em Ponta Grossa. A mãe da criança* esteve na sede do MPPR, onde foi informado que esse será o prazo para a apresentação dos detalhes acerca do procedimento administrativo que investiga as circunstâncias da morte da bebê.
O caso ocorreu em março, quando houve necessidade de um parto de emergência em uma residência e, diante de uma aparente demora na chegada da ambulância do Samu, funcionários de uma UBS próxima auxiliaram no atendimento da gestante. A paciente foi encaminhada ao Hospital Universitário, onde foi constatada a morte da criança. Na ocasião, familiares sugeriram que a demora na chegada da ambulância, e até um possível erro no atendimento dos funcionários da unidade de saúde, teriam colaborado para a morte da criança.
O MPPR informou à família que encaminhou ofício aos órgãos vinculados ao município e ao HU, e que a análise das respostas deve ser concluída em dois meses. O procedimento está sob avaliação da promotora Fernanda Basso Silverio.
A prefeitura de Ponta Grossa informou que, como sempre ocorre em caso de morte de bebês, a situação passa por análise de um comitê de mortalidade materno infantil, composto por profissionais de saúde de vários segmentos e instituições. A reunião do comitê ocorreu em 16/05, com geração de um relatório com as orientações das condições que devem ser observadas para se evitar que novos casos similares aconteçam, ou seja, medidas administrativas que serão tomadas. N o entanto, essas medidas não são tornadas públicas, apenas ao MPPR quando solicitado.
* O DC não divulga os nomes para não prejudicar o andamento do processo e não expor os envolvidos.