A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-PR) divulgou, nesta terça-feira (5), estatísticas referentes à apreensão de armas de fogo nos primeiros nove meses de 2019. Os dados constam em relatório interno da Sesp, destinado ao planejamento de ações futuras das forças policiais no estado. Chama a atenção o fato de que o município de Castro foi aquele que apresentou maior aumento percentual no número de armas apreendidas nos Campos Gerais, no comparativo com o mesmo período, no ano passado. O acréscimo foi de 116%.
O delegado-chefe da 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP) atribui parte desse resultado ao trabalho dos investigadores. “Certamente isso é reflexo do trabalho policial direcionado. Em todos os casos que são alvos de busca e apreensão, certamente há notícia de que existe arma, que se torna o objetivo da medida. Mas, também, em abordagens na rua cai arma de fogo”, diz.
Em Ponta Grossa, segundo informado pela Sesp, os números se mantiveram próximo ao verificado em 2018. Naquele ano, até outubro, haviam sido retiradas de circulação 131 armas de fogo. Neste ano, foram 127. A cidade permanece entre as cinco cidades do estado com maior número de apreensões, atrás de Curitiba (458), Foz do Iguaçu (184), Cascavel (178) e Londrina (142). Logo após Ponta Grossa estão Guarapuava (148) e São José dos Pinhais (98).
Dos 173 municípios que tiveram aumento no número de apreensões de armas de janeiro a setembro deste ano, os números mais expressivos incluem Arapongas (130%), São Jerônimo da Serra (157%) e Campina da Lagoa (que no ano anterior tinha registrado a apreensão de quatro armas de fogo, e este ano teve 21).
Comparativo
Em todo o estado, as polícias Civil e Militar do Paraná e Guarda Municipal apreenderam 4.670 armas de fogo até o final de setembro deste ano. Dos 399 municípios paranaenses, 173 (43%) tiveram aumento no número de apreensões de armas se comparado janeiro a setembro deste ano com o mesmo período do ano anterior.
Análise
Para o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, o grande número de apreensões é resultado do trabalho integrado desempenhado pelas forças policiais estaduais no combate ao crime. “Quando apreendemos uma arma de fogo, evitamos que seja utilizada em outro crime, o que fez reduzir os índices de roubos e homicídios no Estado, por exemplo, neste ano”, disse ele, embora o dado possa representar, igualmente, um aumento na circulação de armas de fogo no Paraná.