A cantora ponta-grossense Bianca Rocha vem construindo uma importante trajetória no cenário musical, que agora ganha um novo capítulo. “Fim de Mundo” é seu primeiro disco solo, composto por oito faixas de MPB e que já está disponível nas plataformas digitais. A artista agora planeja fazer o lançamento em Ponta Grossa.
“O primeiro single eu lancei em agosto e o álbum em setembro de 2021. Por conta da covid, o show de lançamento foi em dezembro, em Montréal. E o álbum físico vem ano que vem, quando pretendo fazer um show em Ponta Grossa, provavelmente mais no meio do ano”, disse Bianca, em passagem por Ponta Grossa neste final de ano.
Bianca Rocha
Na composição do material estão elementos do jazz, latinos e afro-brasileiros nos arranjos criados por Rodrigo Simões. Depois de recentemente lançar a romântica “Despenteados”, com videoclipe protagonizado por pessoas trans, Bianca Rocha apresenta música popular brasileira com reflexões sobre essência, origem e lugar. Temas como ansiedade e processos de gentrificação (a transformação da periferia em área nobre e suas consequências) também ganham destaque.
“Essa é a trilha sonora para quem tem vontade de reconstruir, ressignificar e reestruturar tudo depois da tempestade, sem deixar que os velhos e péssimos padrões continuem em vigor. Aqui, faço também um álbum-retrato dessa cantora interiorana, nascida no Paraná, e que vive em Montreal desde abril de 2019”, diz a artista.
Também fazem parte de Fim de Mundo a guitarra de André Galamba, a bateria e percussão de Lara Klau, e as participações especiais de Mafer Bandola (Venezuela), Gabriel Schwartz e Vitor Cabral.
“Vale destacar que nesse CD aposto muito em uma pluralidade linguística. Embora o registro seja majoritariamente feito em português, tem refrão em espanhol, faixa em francês e um poema em italiano”, revela Bianca.
Trajetória
Nascida em Ponta Grossa, aos seis anos de idade Bianca Rocha ganhou seu primeiro troféu como intérprete em um rodeio gaúcho. Durante a infância, foram quatro títulos estaduais e um nacional. De lá pra cá, foram muitos os festivais e programas de TV cantando MPB, bossa e jazz. Participou de discos de nomes como Du Gomide, Alisson Camargo e Florian Bill; também compôs e produziu quatro álbuns infantis.
Em 2019, mudou-se para Montreal, no Canadá, onde participou de discos de artistas como Rodrigo Simões, Diogo Ramos (assinando os arranjos vocais) e Guillaume Dion, que a convidou para dar voz a uma versão de “Como Nossos Pais”, de Belchior para um projeto multicultural. Rosa Passos, Elza Soares, Esperanza Spalding, Hermeto Pascoal e Bobby McFerrin são algumas de suas principais inspirações.