Ao diminuir o total de demissões do total de contratações é possível obter o saldo de empregos de um determinado local, que por sua vez indica se foram criadas novas vagas ou se postos de trabalho foram extintos. E fazendo essa conta do Caged com as 19 cidades que compõem a Associação de Municípios dos Campos Gerais (AMGC) o resultado é positivo: apenas no ano passado a região gerou 6.146 vagas, número que é ampliado para 13.665 quando considerado todo o período da pandemia (março/2020 a dezembro/2021).
O levantamento foi feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistema do Governo Federal que registra todas as movimentações de trabalhadores com carteira assinada.
Dentre todas as cidades, apenas uma registrou saldo negativo: Ortigueira (-102 na pandemia), que em 2021 mais demitiu do que contratou 1.340 funcionários. A explicação está nos resultados por setores: apenas a construção ficou negativada em ambos os períodos, o que remete às contratações para a obra de ampliação da Klabin – que teve a sua primeira fase finalizada nos últimos meses.
No top 5 de geração de novos empregos durante a pandemia estão Ponta Grossa (+5.039 vagas), onde o destaque é o comércio (+1945 vagas) Jaguariaíva (+1.404 vagas), onde o destaque é a indústria (+708 vagas), Castro (+1.255 vagas), onde o destaque é o comércio (+518 vagas), Telêmaco Borba (+1.242 vagas), onde o destaque é o comércio (+505 vagas) e Sengés (+938 vagas), onde o destaque é a indústria (+547 vagas).
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Atividades econômicas
Considerando o período pandêmico, segundo o Caged dos Campos Gerais dentre as cinco grandes atividades econômicas o destaque em geração de novos empregos na região é a indústria, que criou 5.369 vagas (quase 40% do total). A liderança é de Ponta Grossa (+1.901 vagas) e a “lanterna” de São João do Triunfo e Tibagi, com -17 vagas cada.
Em segundo lugar vem o comércio, com +4.284 vagas na região. A maior parte delas foi concentrada também em Ponta Grossa (1.945) e apenas uma cidade mais demitiu do que contratou: Ventania (-1).
Na sequência está a prestação de serviços, com +2.865 postos de trabalho formais. A cidade que mais criou vagas neste setor é Arapoti (+392) e apenas Piraí do Sul extinguiu oportunidades (-21).
A agropecuária dos Campos Gerais acumula 1.540 novos empregos com carteira assinada durante a pandemia, sendo a maior parte em Ortigueira (+350). Porto Amazonas está na outra ponta da lista (-7 vagas) logo após Ipiranga (-3 vagas).
Já a construção, queridinha sazonal devido ao início e término de obras, soma -393 vagas de emprego durante a pandemia. O pior resultado é o de Ortigueira (-1.164), mas no total 10 dos 19 municípios da região estão com saldo negativo. O melhor ainda é o de Ponta Grossa (+372 vagas).
23% da população da região possui emprego formal
Mais de 1 a cada 5 habitantes das 19 cidades dos Campos Gerais fechou 2021 com um emprego com carteira assinada. Das 838.820 pessoas que vivem na região (de acordo com estimativa de 2021 do IBGE), 191.959 são empregadas formalmente, o equivalente a 22,9% do total.
As maiores parcelas de trabalhadores por habitantes estão em Carambeí (39,8%), Ortigueira (30,4%), Jaguariaíva (25,9%), Sengés (25,8%) e Ponta Grossa (25,7%). Já as menores são encontradas em São João do Triunfo (5%), Curiúva (8,3%), Imbaú (8,9%), Ipiranga (10,8%) e Ivaí (11,1%).
Vale lembrar que estas proporções apresentadas pelo Caged nos Campos Gerais são relativas a números absolutos de trabalhadores empregados nas cidades e suas populações, mas devido à proximidade de muitos municípios alguns trabalhadores moram em uma cidade, mas trabalham em outra.