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Raça bovina desenvolvida em Ponta Grossa conquista criadores do Brasil

Touro da raça Purunã, desenvolvida por pesquisadores da Fazenda-Modelo em PG.

Uma raça de gado de corte desenvolvida em Ponta Grossa, a primeira no Paraná, está conquistando criadores de todo o Brasil.

Depois de mais de 40 anos de cruzamentos entre animais Charolês, Aberdeen Angus, Caracu e Canchim, os pesquisadores da Estação Experimental Fazenda-Modelo chegaram à nova raça, que foi reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em novembro de 2016.

A raça levou o nome de Purunã em homenagem ao acidente geográfico que demarca a transição entre o Primeiro e o Segundo Planalto do Paraná, bem próximo ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater, em Ponta Grossa.

A raça está presente não só no Paraná como também no Pará, Piauí, Bahia, Maranhão, Rondônia e Acre. Registrados na associação da raça são 42 pecuaristas e 8 mil animais.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores da Raça Purunã, Piotre Laginski, de Cascavel, a raça que oferece excelente rendimento de carcaça, carne marmorizada (entremeada por gordura), rusticidade (característica herdada do Caracu) e “alta produtividade nas mais variadas condições de relevo e temperatura”. Acrescenta que “a raça é apropriada a qualquer perfil de criador”.

O pesquisador aposentado Daniel Perotto, do antigo Iapar, foi idealizador e atuou desde o início no desenvolvimento do Purunã. Ele conta que “interessava buscar os benefícios da heterose (vigor híbrido) e aproveitar o máximo a complementariedade das raças”.

Na prática, o vigor híbrido é a superioridade de mestiços em relação à média das raças que os originaram. E complementariedade é a busca pela soma, nos descendentes, das características positivas das raças maternas e paternas.

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