O prefeito Marcelo Rangel anunciou na manhã desta quinta-feira (19) que a Viação Campos Gerais (VCG) desistiu de demitir os 230 funcionários, conforme havia anunciado. A “tábua da salvação”, que colocou um ponto final no impasse, veio de Brasília, com a aprovação pelo Senado Federal de um auxílio emergencial de R$ 4 bilhões para o transporte coletivo das cidades com mais de 200 mil habitantes.
As demissões, segundo a empresa de Ponta Grossa, seria uma medida necessária para equilibrar o caixa, à medida que a pandemia derrubou o número de passageiros no transporte coletivo. A decisão de promover demissão em massa gerou forte resistência por parte do sindicato da categoria e da Prefeitura de Ponta Grossa, concedente da concessão.
O projeto de lei aprovado no Senado libera auxílio emergencial de R$ 4 bilhões para o transporte coletivo dos municípios com mais de 200 mil habitantes. A matéria já havia passado pela Câmara dos Deputados e seguirá para sanção do presidente Jair Bolsonaro. Os recursos da medida são oriundos do Fundo das Reservas Monetárias (FRM), extinto por meio de uma medida provisória sancionada em junho.
Os recursos serão utilizados pelas prefeitura municipais conceder vale-transporte para os usuários, mediante critérios pré-estabelecidos. As prefeituras que receberem esses recursos ficarão proibidas de promover reajustes nas tarifas do transporte coletivo. “Ponta Grossa será a primeira cidade a comprar os vales-transporte”, disse Rangel.
A desistência da VCG em promover a demissão em massa por parte da VCG deverá ser formalizada na manhã desta quinta-feira, em Curitiba. Está agendada para às 10 horas uma audiência pública na sede do Ministério Público do Trabalho com representantes da empresa, sindicado da categoria e prefeitura de Ponta Grossa.