A Polícia Rodoviária Federal está finalizando neste mês o cálculo referente a autuações ocorridas em estradas do Paraná em 2017. Os números finais devem ser conhecidos nos próximos dias, mas o Diário dos Campos teve acesso aos dados parciais, que apontam para um significativo aumento no que se refere aos casos de notificação por excesso de velocidade.
A região de Ponta Grossa registrou, até o início desta semana, 81.410 autuações a motoristas que ultrapassaram os limites de velocidade e foram flagrados por equipamentos de radar fixo ou móvel. O número é 83,1% maior que o registrado há três anos, quando as notificações foram 44.448.
Para o inspetor da PRF, Vinícius de Andrade Vieira, os motoristas têm o péssimo hábito de pisar no freio quando há uma mudança na legislação que torna as multas mais pesadas, ou quando a fiscalização é mais rigorosa, e os condutores acabaram “relaxando” nos últimos anos.
No mesmo período, houve redução no número de flagrantes de ultrapassagem em local proibido, que passaram dos 7.651 casos em 2015 para os 5.653 casos em 2017. Infelizmente, na avaliação do inspetor, isso não é sinal da conscientização dos condutores e respeito à sinalização. “Isso ocorre porque houve um trecho da rodovia BR-376 duplicada no sentido Ponta Grossa – Apucarana, até o pedágio de Tibagi, justamente nesse período. Foi quando houve a redução das ultrapassagens em local proibido, por uma mudança na rodovia, e não nos motoristas”, diz. Provavelmente, o aumento nos casos de excesso de velocidade também ocorre em função da duplicação da BR-376. A rodovia oferece mais segurança, e o motorista abusa da imprudência.
Radares
O inspetor Marcos Aurélio dos Santos lembra que os radares e lombadas eletrônicas são a forma encontrada para “frear” a velocidade dos condutores que ignoram a sinalização. O radar móvel é operado pelos PRFs conforme programação a eles destinada. Programação esta subsidiada pelos locais com índice de acidentes elevados envolvendo atropelamentos, ciclistas, áreas de passagem de pedestres e cruzamentos na via.
“Estes equipamentos em conjunto com as operações diárias de radar são a base do controle de velocidade na Região. Existem ainda algumas ondulações transversais (lombadas físicas) como nas proximidades da passarela do [Supermercado] Degraf ou ainda no acesso da Bocaina, que têm auxiliado muito a redução pontual de velocidade nestes locais”, comenta o inspetor Marcos Aurélio dos Santos.
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