A greve dos trabalhadores dos Correios em Ponta Grossa teve aumento de adesão desde que a paralisação começou, na última quarta-feira (11). De acordo com José Fernando, representante do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), em Ponta Grossa, a paralisação já está com 30% de participação.
"Dessa forma, estamos mantendo a determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) onde 70% dos trabalhadores devem manter as atividades durante a greve", disse o representante.
Na tarde da última quinta-feira (12), os Correios e as representações sindicais participaram de audiência de conciliação no TST, em Brasília. O ministro Mauricio Godinho Delgado foi designado relator do dissídio coletivo, ajuizado na quarta-feira (11) pela estatal. Em nota, a empresa informou que vem atuando na construção de um acordo coletivo de trabalho condizente com a sua situação econômica atual.
"Hoje, o prejuízo acumulado pela empresa é de aproximadamente R$ 3 bilhões. Para minimizar os impactos da paralisação, inclusive a perda de clientes para a concorrência, mencionada pelo próprio ministro, os Correios aceitaram a proposta de encaminhamento do TST. A condição da empresa é o encerramento da paralisação parcial, integralmente, em todo Brasil", informou a empresa.
Dessa forma, os Correios aceitaram a proposta de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019, bem como a vigência do plano de saúde, conforme prorrogação ocorrida em 31 de julho, até o dia 2 de outubro, data do julgamento do dissídio coletivo pelo colegiado do TST.
Em contrapartida, as representações sindicais se comprometeram a levar a proposta de encerramento da paralisação parcial para as assembleias, fixando como prazo máximo de deliberação até a próxima terça-feira (17), às 22 horas.