A audiência para ouvir as primeiras testemunhas da Comissão Parlamentar Processante (CPP), instaurada na Câmara de Ponta Grossa e que apura denúncia de quebra de decoro pelo vereador Walter José de Souza (PRTB), foi adiada para o dia 6 de abril. Ela estava inicialmente marcada para ocorrer na manhã desta terça-feira (30).
Segundo o presidente da CPP, Filipe Chociai (PV), o adiamento ocorreu devido ao PRTB apresentar no final da tarde de segunda-feira (29) uma relação de testemunhas a serem ouvidas. “Foi um pedido de última hora e para não sermos questionados lá na frente da legalidade dos trâmites preferimos adiar os depoimentos”, explica.
Chociai ainda disse que não há nenhum relatório prévio sobre o andamento da CPP e que os vereadores estão trabalhando de acordo com o Regimento Interno da Câmara.
Valtão ainda não compareceu às sessões
Desde que tomou posse para o cargo de vereador, no dia 20 de janeiro, Valtão não compareceu a nenhuma sessão na Câmara de Vereadores, pois está em prisão domiciliar. Primeiro, foi apresentado um atestado médico pelo prazo de 15 dias justificando ausência do vereador por ter testado positivo para covid-19.
Depois, uma nova justificativa, desta vez alegando ausência por “motivos particulares”, e por último no dia 17 de março um novo atestado médico foi apresentado, desta vez com base no CID F43-1, que aponta para “estado de estresse pós-traumático”. O pedido, no entanto, foi questionado por diversos vereadores e acabou negado pelo plenário.
O advogado de Valtão, Fernando Madureira, afirmou que ao término deste último atestado, se o vereador estiver melhor de saúde, a defesa irá pedir para a justiça que Valtão possa comparecer às sessões na Câmara.