A movimentada junção de quatro vias que ligam três regiões incomoda os pedestres, que se sentem inseguros. O espaço entre a Vicente Machado, Conselheiro Barradas, Dom Geraldo Pellanda e Ermelino de Leão, no Centro, foi palco de dois atropelamentos em PG no intervalo de apenas cinco dias. O risco faz a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTT) estudar meios que facilitem a vida de quem está a pé.
O acidente mais recente deixou um senhor de 53 anos ferido. Ele sofreu fratura no pé após ser atingido por uma moto. Os Bombeiros encaminharam a vítima até o Pronto Socorro Municipal, enquanto o motoqueiro foi embora sem prestar socorro. O atropelamento gerou enxurrada de comentários nas redes sociais do Diário dos Campos e portal dcmais.
Questionada pela reportagem, a Autarquia reforça que o local conta com semáforo de pedestres. Contudo, pelo menos dois leitores e usuários da região comentam que os semáforos não estão ‘dando conta’ da travessia, especialmente para quem se desloca em direção ao shopping.
“Quando o sinal autoriza o pedestre a atravessar, carros e motos ainda estão vindo da Vicente Machado. Eles não esperam, cortam o tempo do pedestre”, avisa Acir Camargo. “Ali é complicado para motoristas e principalmente pedestres. O tempo do sinal é curto e os pedestres têm que atravessar correndo”, alerta Anne Karina.
Diante do risco apresentado, a AMTT afirma que vai reforçar a sinalização nos próximos dias. Outra medida que está em estudo é a alteração do tempo de duração após a abertura dos semáforos.
“A Autarquia está avaliando eventuais alterações no tempo disponibilizado para a travessia de pedestres no local. Caso seja constatada a necessidade, serão realizados os devidos ajustes”, responde o órgão.
Número de atropelamentos tem leve aumento em relação a 2020
O 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros atendeu, nos oito primeiros meses deste ano, 92 atropelamentos em PG. O número é semelhante ao mesmo período do ano passado, quando os socorristas estiveram em 90 ocorrências.
Os dados disponibilizados pelo Siate mostram que a incidência deste tipo de acidente está em queda. Em 2018 foram 134 atropelamentos contabilizados em oito meses. No ano seguinte diminuiu para 126.
Agosto de 2021 termina com 12 atropelamentos atendidos pelo Corpo de Bombeiros, o que representa 13% dos atendimentos do ano.
Travessia de pedestre em local inapropriado causa engavetamento
Câmeras de segurança flagraram um engavetamento nesta semana em Ponta Grossa. O acidente aconteceu na Avenida Carlos Cavalcanti, principal via de Uvaranas. A travessia de um pedestre próximo a uma lombada causou a colisão que envolveu três carros.
Nas imagens, registradas às 10h44, é possível perceber que o pedestre inicia a travessia na lombada da via, usando a estrutura como faixa elevada.
Um carro freou e permitiu a passagem. Os dois veículos seguintes conseguem parar, mas é possível perceber que são surpreendidos pela parada repentina do trânsito. Um quarto motorista não teve a mesma reação e causa o engavetamento.
Curiosamente, o primeiro carro que parou não é atingido. O pedestre também consegue escapar de um grave acidente e realiza a travessia. Já os demais motoristas ficaram com prejuízos materiais.
Distinções
Lombadas e faixas de pedestres elevadas são estruturas diferentes no trânsito. Ambas funcionam como redutores de velocidade dos veículos, mas a faixa permite que o motorista pare e dê a preferência ao pedestre. Nela é possível fazer a travessia em segurança.
Enquanto a faixa tem pintura branca, a lombada é sinalizada em amarelo, tem curta extensão e não o local apropriado para a travessia de pedestres.
Na Avenida Carlos Cavalcanti, palco do engavetamento, há 46 faixas de pedestres, 9 lombadas e 7 faixas elevadas em 6,74 quilômetros de extensão.