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Atividades remotas na UEPG divide opiniões entre os acadêmicos

A notícia da realização de aulas remotas para os acadêmicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), divulgada no final da tarde de segunda-feira (18), dividiu opiniões entre os alunos.

Em reunião on-line realizada no começo desta semana, o Conselho Universitário da UEPG apresentou propostas oficiais que foram elaboradas por uma comissão de estudos criada durante a pandemia do novo coronavírus. Após discussões, os conselheiros votaram pela realização de atividades remotas que devem ser aplicadas em três etapas.

A primeira delas, chamada de Etapa de Transição, irá durar 60 dias, com possibilidade de prorrogação e será de caráter não obrigatório e não avaliativo.

Essa etapa tem a preocupação de dar o tempo necessário para que as instâncias competentes possam colocar em prática as políticas de acesso e garantam condições técnicas necessárias para que nenhum acadêmico seja excluído do direito à educação.

A segunda etapa, chamada de Aulas Remotas, a partir da oferta de conteúdos disciplinares obrigatórios e, de acordo com a universidade, serão realizadas atividades avaliativas diagnósticas e reguladoras, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento dos acadêmicos e reorientar a prática de ensino.

Esta é a etapa que divide opiniões dos acadêmicos que, de um lado são favoráveis à decisão, e, por outro, alegam que aulas remotas poderiam afetar o desempenho dos estudantes, além de prejudicar aqueles que não têm computador e acesso à internet em casa.

Para a acadêmica de Letras, Júlia Beatriz Krüger Riewe, 19 anos, as aulas remotas vão ajudar na continuidade dos estudos que estavam paralisados desde o início da pandemia.

Vai ajudar a manter a cabeça mais ocupada e a manter o meu objetivo, o qual iniciei o meu ano, que é estudar. Por outro lado, sei que a minha situação não é igual a de todos os outros alunos que podem vir a ser prejudicados, pois não têm acesso à internet”, aponta a estudante.

Já a acadêmica Thyelle Francine Braz de Proença, 24 anos, também do curso de Letras, alega que a decisão pelas aulas remotas não foi uma boa opção.

“Não são todos os alunos que têm acesso. Eu, por exemplo, não tenho as ferramentas necessárias para assistir aulas em casa. Entendo que não podemos ficar sem aulas, mas acho que essa não é uma boa opção, até porque também envolvem questões psicológicas. Tenho ansiedade e, dificilmente, iria conseguir me concentrar”, apontou.

Calendário

Em entrevista ao Jornal Diário dos Campos, no começo deste mês, o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, disse que o calendário e o ano letivo não estão perdidos.

“Nós tivemos outros momentos da história da UEPG em que ficamos três meses sem aula por conta da greve e isso retardou nosso calendário. Portanto, agora teremos um calendário que vai avançar no ano de 2021, mas não está perdido por conta dessa suspensão”, alegou.

Ainda na entrevista, Sanches Neto informou que a UEPG deverá fornecer aos alunos, que não têm acesso à internet, equipamentos necessários para as aulas remotas. “Estamos vendo quais alunos que estão nessa situação e que nós precisaríamos dar um suporte”, destacou o reitor.

Terceira etapa

A terceira etapa da proposta do Conselho Universitário, chamada de Aulas Presenciais, corresponde ao período no qual as atividades presenciais serão retomadas em caráter obrigatório, pela oferta dos componentes curriculares de cada série.

Segundo a UEPG, esta etapa terá início somente após a Deliberação do Conselho Estadual de Educação (CEE) acerca do retorno das atividades pedagógicas presenciais.

“As avaliações presenciais das disciplinas da etapa das Aulas Remotas ocorrerão a partir deste momento. O calendário letivo de 2020 será precisamente definido após o retorno das atividades presenciais. As formaturas poderão ocorrer somente após conclusão deste calendário letivo”, informou a universidade.

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