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Aterro do Botuquara encerra operações em PG

O aterro do Botuquara, em Ponta Grossa, deixou de receber resíduos sólidos desde o último sábado (3). O encerramento das operações foi anunciado na manhã de segunda (5) pelo prefeito Marcelo Rangel durante um programa de rádio com a participação do secretário estadual, Sandro Alex, de Infraestrutura e Logística.

"Ponta Grossa depositou o lixo urbano no Botuquara por mais de 70 anos. E hoje, oficialmente, anuncio o fim das operações do aterro na cidade. A nossa intenção é recuperar a área onde funcionava o aterro com a possibilidade de termos uma usina de resíduos sólidos naquela região", disse o prefeito.

Ainda na tarde de segunda, o prefeito participou de uma reunião em Curitiba, juntamente com o secretário Sandro Alex e empresários, para tratar sobre o assunto. A novidade foi anunciada, em seguida, durante coletiva de imprensa na sede da Prefeitura de Ponta Grossa.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por mês, eram encaminhados ao Botuquara cerca de sete mil toneladas de resíduos sólidos orgânicos. Deste montante, 20% já estavam sendo encaminhados, desde janeiro, para um Centro de Tratamento em Curitiba, pertencente à empresa Zero Resíduos.

Com o fim das operações do Botuquara, os outros 80% começaram a ser encaminhados, já no final de semana, ao Centro de Tratamento localizado no município de Teixeira Soares, em operação desde o dia 29 de julho, também pertencente à Zero Resíduos. Ambos possuem licença de operação emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Entenda

Um acordo para o encerramento das atividades do Botuquara foi firmado no final de 2017 pelo Ministério Público, Município e Poder Judiciário. Mas antes era preciso que empresas, com aterros privados, realizassem credenciamento junto à Prefeitura demonstrando interesse em receber os resíduos de Ponta Grossa.

A chamada pública para o credenciamento ocorreu em novembro de 2018. Em julho deste ano, três empresas estavam em fase de trâmite do licenciamento ambiental para operação junto ao IAP. Mas foi na última sexta-feira (3) que a Zero Resíduos assinou contrato de credenciamento junto ao Município para destinação dos resíduos para Teixeira Soares. Ação que possibilitou o encerramento das atividades do aterro.

Ações

Além do acordo firmado, o secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Barros, destacou que o fim da operação foi possível em decorrência de outras atividades, entre elas, a ampliação da coleta seletiva porta a porta; ampliação dos pontos de entrega voluntária e monitoramento; compra de novos equipamentos para as associações de catadores; atividades de educação ambiental; parcerias com empresas e associações e fiscalização do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Mas ainda estão previstos investimentos futuros por parte do Município como a ampliação da coleta seletiva; implantação de esteiras nas associações de catadores e compras de EPI's; educação ambiental; implantação do aplicativo Cidade Inteligente e implantação da usina de resíduos sólidos urbanos.

Redução de custos

Com uma planilha de preços elaborada por técnicos da Prefeitura, o valor a ser pago pela tonelada de resíduo será de R$ 98,73, pelo prazo máximo de 60 meses. “Com esta planilha de custos garantimos uma economia de aproximadamente R$ 7 milhões. Com uma previsão para destinação de 7.250 t/mês, o valor máximo que a Prefeitura deve pagar com este serviço é de R$ 42 milhões, por todo o período de cinco anos", reafirmou o secretário de Meio Ambiente.

Credenciamento

De acordo com a Prefeitura, o processo de credenciamento permanecerá aberto para outras empresas que tenham interesse em receber resíduos em seus aterros particulares. Dessa forma, o volume, que antes era destinado ao Botuquara, poderá ser dividido e destinado para outros municípios.  

 

 

 

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