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Atendimento do Siate em rodovias da região aumenta quase sete vezes

Foto: Arquivo DC

O encerramento do contrato de concessões do Anel Integrado do Paraná trouxe à tona a necessidade de fortalecimento no atendimento a usuários que se envolvem em acidentes nas rodovias. O Siate ficou com a responsabilidade de atender grande parte dos casos e o número de ocorrências sem o suporte das concessionárias disparou. No raio de cobertura do 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros, em Ponta Grossa, pulou de cinco atendimentos em dezembro do ano passado para 34 no mesmo mês deste ano – quase sete vezes mais.

Além do aumento significativo de ocorrências, a corporação precisa se deslocar mais. Anteriormente, o socorro das concessionárias estava em locais estratégicos para chegar aos sinistros com agilidade. Agora o primeiro socorro pode precisar percorrer mais de 30 quilômetros. Esta é a diferença de um dos postos do Siate em Ponta Grossa para o local onde ficava a praça de pedágio de Tibagi, um dos pontos do raio de cobertura.

Para facilitar deslocamentos, o 2°GB tem duas ambulâncias que “atendem prioritariamente as rodovias da região”. Elas ficam estrategicamente posicionadas no Posto Nova Rússia. A base é mais próxima das BRs 373 e 376 e PR-151 – rodovias dos Campos Gerais que ficaram sem concessão ao final de novembro.

Para dar conta da demanda e não prejudicar demais cidadãos, houve mudanças pontuais no efetivo do 2° GB. Seis homens a mais em hora extra estão atuando em Ponta Grossa. O mesmo se aplicou em Telêmaco Borba, além de reforços em cidades como Irati, Prudentópolis, Palmeira e Castro.

Escala

Apesar das alterações no efetivo local, há ocasiões que o 2° GB não consegue atender. Por isso, diariamente o quartel de Curitiba envia equipes que ficam à disposição das cidades de Ponta Grossa, Palmeira e Irati.

Trata-se de um remanejamento estratégico por questões que envolvem as horas extras. Ponta Grossa, por exemplo, não atenderia a demanda total diária de bombeiros em hora extra. Por isso há necessidade de que homens saiam da capital para ficar à disposição de cidades do interior.

No dia 24 de dezembro – data que teve grande montante de acidentes em rodovias dos Campos Gerais – foram bombeiros de Curitiba que atenderam por volta das 12h30 uma vítima de capotamento na BR-376, próximo do antigo pedágio de Tibagi. Eles estavam retornando de outra ocorrência quando se depararam com este acidente.

Bombeiros da reserva

O 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros também tem efetuado a inscrição de bombeiros da reserva para auxiliarem nos serviços em rodovias. No momento, os nomes estão sendo apenas cadastrados. A intenção é que ao final do primeiro trimestre de 2022 exista uma seleção daqueles aptos aos atendimentos pelo Siate.

Ambulâncias

Apesar da estrutura humana ter mudado pouco, a Comunicação do 2° Grupamento afirma que ainda não houve problemas de sobrecarga de atendimentos simultâneos do Siate na cidade. Isso porque o 2° GB recebeu novas ambulâncias após o término da concessão de rodovias.

São quatro veículos ao todo: um no Posto Central, um no Nova Rússia, além dos dois que atendem prioritariamente as rodovias.

Nos Campos Gerais, o Siate também pode contar com apoio médico do CimSamu. Em entrevista recente ao DC, a diretora geral do Consórcio, Sheila Mainardes, informou que foram colocadas três ambulâncias à disposição para atendimentos em rodovias da região e que há pretensão de colocar outras cinco para suporte ao Corpo de Bombeiros.

PRF faz serviço de ‘limpeza’

Com o final dos contratos das concessões, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) assumiu algumas tarefas que eram realizadas pelas concessionárias, como a sinalização de locais de acidente e finais de fila.

Além disso, revestidos do dever público como servidores, policiais rodoviários federais fazem a retirada de pedaços de pneus que se desprendem dos caminhões e também retiram carcaças de animais mortos que ficam depositadas nas pistas. São serviços que parecem pequenos, quase imperceptíveis, mas que asseguram tranquilidade na circulação de motoristas.

BR-376 é a ‘vilã’ em ocorrências

Das 34 ocorrências que o Siate/Corpo de Bombeiros computou neste mês, a maior parte ocorreu na BR-376. Foram 21 na rodovia que faz ligação de Ponta Grossa com o Norte do Paraná e com São Luiz do Purunã. Para efeito de comparação, em dezembro do ano passado, o 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros só tinha precisado comparecer a um acidente no mesmo trecho. Os demais foram atendidos pela CCR Rodonorte.

Em 2021, o 2° GB atendeu 43 ocorrências na PR-151, sendo 11 delas agora em dezembro (25%). Na 376 foram 60 registros em todo o ano, sendo 21 nos últimos 30 dias (35%). Já na BR-373 foram 11 casos ao longo do ano, dois deles em dezembro (18%). Os dados evidenciam o crescimento de demanda do Corpo de Bombeiros após a finalização dos contratos de concessão.

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