* Por Felipe Liedmann
A lei seca e o toque de recolher – vigentes desde sexta-feira (15) em Ponta Grossa – reduziram o número de acidentes de trânsito graves em 70%. É o que mostram os números de ocorrências do 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros e do SAMU levantados pelo dcmais.
A reportagem já havia demonstrado a queda com os dados do Siate. Ao ter acesso às estatísticas do SAMU foi possível constatar a redução de modo geral no município. O comparativo é referente aos dois últimos finais de semana.
Entre os dias 8 e 11 de janeiro, os socorristas haviam dado suporte a 34 acidentes. Uma semana depois, com a vigência do novo decreto restritivo, os dois órgãos foram chamados para 10 ocorrências de colisão, queda de moto ou atropelamento. A redução é de 70,6%.
No caso do SAMU, a quantidade de acidentes atendidos diminuiu de 21 para 7. Movimento semelhante ocorreu com os episódios de agressão. Antes da lei seca e do toque de recolher, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência havia se deslocado para 13 casos. Na semana seguinte foram 6 chamados que entraram no sistema – queda de 53,9%.
Arma de fogo
Situação inversa ocorreu com o uso de arma de fogo durante o primeiro final de semana de medidas restritivas por conta da pandemia. Tanto o Siate quanto o SAMU registraram aumento de vítimas baleadas. Entre os dias 8 e 11 não houve esse tipo de ocorrência. Uma semana depois, com lei seca e toque de recolher no período da madrugada, os socorristas auxiliaram em nove ocasiões.
Dados Gerais
Enquanto o comparativo do Siate mostrou redução total de 40% no número de ocorrências, as estatísticas gerais do SAMU não chegaram a uma quantidade tão expressiva. Antes da aplicação do decreto foram 414 atendimentos. Uma semana depois o número caiu para 384, o que representa redução de 7,3%.
No entanto, as equipes do SAMU são mais solicitadas para problemas clínicos. Já o Siate fornece maior suporte a resgates e traumas, o que inclui acidentes de trânsito, agressões, ferimentos com arma de fogo e arma branca, além de quedas e incêndios.
Há circunstâncias em que ambos precisam agir em conjunto dentro de uma mesma ocorrência. Nesses episódios, os órgãos conseguem comunicação entre si para garantia de auxílio mútuo.