Você sabe o que são os “centristas”? Se você mora em Ponta Grossa, mas não conhece o termo, saiba que um grupo de entusiastas da cultura está, justamente, à procura deles. “Centristas” é a definição daqueles que compõem o Centro Cultural Professor Faris Michaele, uma associação criada na cidade com a proposta de congregar artistas e entusiastas da cultura em torno de interesses comuns, além de divulgar a produção local.
Os centristas e o Centro Cultural Professor Faris Michaele
O Centro Cultural Professor Faris Michaele foi fundado em 17 de junho de 1987 pela escritora Leonilda Hilgemberg Justus, inspirada em iniciativa similar desenvolvida entre 1940 e 1977 pelo professor Faris Antônio Salomão Michaele. Na ocasião, ele presidiu o Centro Cultural Euclides da Cunha, que também reunia intelectuais da época.
Com o passar do tempo o Centro Cultural Professor Faris Michaele (CCPFM) perdeu destaque. No último mês de novembro, uma eleição escolheu a nova gestão do grupo. Quem assumiu a presidência foi o músico e escritor Douglas Passoni de Oliveira. Entre suas metas está a recuperação da relevância do Centro. Para isso, é preciso reencontrar muitos de seus antigos membros, os centristas.
Biblioteca
O primeiro passo para isso está sendo a reativação de uma sala dentro da Biblioteca Pública Municipal. O espaço está cedido para o CCPFM desde 2015, mas quase não é utilizado. Uma das ideias é montar um acervo que também possa ser consultado pela comunidade, com livros de autores locais, documentos históricos e fotos.
O poeta Róbison Benedito Chagas é bibliotecário no CCPFM, e acredita que será uma ótima chance para divulgar a cultura literária da cidade. “Quando Leonilda fundou o Centro, eu fui um dos convidados. E vi que ela movimentava a poética e literatura com os escritores de Ponta Grossa”, recorda.
E os centristas e o censo
A proposta de reagrupar os centristas é clara: fomentar as discussões e promover a formação de projetos culturais de maior abrangência para Ponta Grossa. Porém, no início havia cerca de 800 centristas cadastrados, e hoje presume-se que pelo menos 300 estejam na cidade, porém sem contato uns com os outros.
“Uma das nossas ideias é realizar uma espécie de censo para termos o número exato e, além disso, trabalhar para angariar mais membros. O ingresso se dá por indicação”, observa Passoni, lembrando que não apenas escritores, mas também músicos e artistas diversos devem fazer parte da sociedade.
Renovação
Para o professor Carlos Mendes Fontes Neto, vice-presidente do CCPFM, é uma oportunidade singular de dar voz a produtores culturais, além de permitir a integração entre eles. “É uma proposta de renovação. O Douglas [Passoni] é uma pessoa jovem e disposta a dar nova roupagem à entidade”, diz.
Participe
Quem tiver interesse em colaborar doando obras para a biblioteca, ou oferecer o nome para análise de inclusão na associação, poderá entrar em contato pelo e-mail do Centro Cultural: centrofarismichaele@gmail.com.