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“As pessoas que nos ajudaram deixaram um legado”

Após 15 anos, as trigêmeas Júlia, Luiza e Bruna voltaram às páginas do DC para agradecer o apoio que receberam da população quando nasceram. O ano era 2004 quando a mãe das meninas, Claudinéia Cristina Rocha, diarista, deu à luz às meninas. Na época, a família vivia com pouco mais de R$ 400 e não tinha condições de comprar fraldas, roupas e berços. Foi a partir de uma reportagem do Jornal Diário dos Campos que as pessoas ficaram comovidas e contribuíram para que a família não ficasse desamparada logo após o nascimento.

"Sempre soubemos que recebemos muita ajuda quando nascemos. Na época, o nosso pai – Gilberto Lemes – ganhava somente R$ 400 por mês. Nós éramos em três e ainda tinha a nossa irmã, na época com sete anos. Então era muito complicado. Através do jornal, muitos ficaram sabendo e realizaram campanhas de arrecadação de fraldas e leite. Pessoas que nem conhecíamos levaram as doações até o hospital", recorda Luíza. "Ganhamos tantas coisas que os nossos pais precisaram doar depois", complementou Bruna.

 

Irmãs, com seis anos, foram destaque nas páginas do DC em 2010. (Foto: Arquivo DC)

 

Júlia conta que a família guarda as edições do Diário dos Campos de quando elas nasceram e de quando completaram seis anos. As reportagens sempre reforçaram o apoio que a população deu à família. "A maioria das pessoas que nos ajudaram foi através do jornal. Somos muito gratas a todos que contribuíram naquela época, isso influenciou muito em nosso crescimento", destacou.

Para as irmãs, todo o apoio recebido contribuiu, não somente para o crescimento das trigêmeas, mas também para ensinamentos que elas levarão para a vida. "Toda a ajuda foi uma verdadeira lição de vida. As pessoas que ajudaram deixaram um legado. Quando nós precisamos, todos ajudaram. Então não podemos deixar de ajudar o próximo também", destacou Júlia.

Reportagem acompanhou o nascimento das irmãs e pediu apoio com doações em 2004. (Foto: Arquivo DC)

 

Dose tripla

Determinadas, as irmãs são parecidas fisicamente, mas cada uma delas conta com uma personalidade diferente. Júlia, por exemplo, é a que mais conversa entre as três e foi a primeira a responder as perguntas da equipe do DC. Luíza, apesar de tímida, é descontraída para conversar e opinou quando achou o assunto da entrevista pertinente, assim como a irmã Bruna.

Desde crianças, as meninas sempre estudaram juntas e com o ensino médio não foi diferente. Atualmente, elas estão cursando técnico em Secretariado após uma decisão tomada pelas três, de forma unânime.

"O Secretariado é um curso muito bom, pois nos ajuda a ter mais conhecimento sobre as matérias. Além de ajudar com as disciplinas técnicas, ele vai nos mostrar quais áreas podemos seguir", apontou Luíza. "O curso nos proporciona aprendizados na área profissional, mas também na área pessoal, no modo de se vestir e de falar, por exemplo", complementou Júlia.

Além da escola, as trigêmeas comentam que possuem hobbies como ler e ajudar na igreja. "Somos coroinhas desde que começamos na catequese há sete anos. Também gostamos muito de ler", destaca Júlia. "Temos muita facilidade em fazer amizades também. As pessoas sempre se aproximam para conversar e perguntam se somos mesmo trigêmeas", brinca Bruna.

Após 15 anos, trigêmeas agradecem a população que ajudou na época do nascimento. (Foto: José Aldinan)

 

Confira o vídeo da entrevista: 

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