A Polícia Militar desfez uma ocupação da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) em um terreno na região do Jardim Boreal, em Ponta Grossa. A operação de reintegração de posse foi realizada no sábado (18) e acabou com 13 pessoas presas, incluindo o homem apontado como líder da ocupação, Leandro Dias.
Ocupação no Jardim Boreal
Em publicação realizada pela FNL, a Frente afirma que o terreno ocupado estava abandonado há cerca de 10 anos. A FNL diz que a terra era de propriedade da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), que foi desmontada pela prefeitura em 2022. Afirma também que no espaço seria construído um residencial via Minha Casa Minha Vida, mas que nunca saiu do papel.
Após a ocupação, em 17 de fevereiro, a prefeitura comunicou que o terreno havia sido vendido a uma construtora privada, que solicitou à PM a retirada dos ocupantes. A FNL afirma que os policiais realizaram a reintegração de posse sem mandado judicial e que utilizaram bombas e gás lacrimogênio.
Um advogado que possui contato com a FNL, que pediu para não ser identificado, relatou que os ocupantes detidos foram liberados no mesmo dia. O líder, Leandro Dias, teve de pagar uma fiança de três salários mínimos para obter liberdade provisória. Ele também estaria respondendo por dano à propriedade pública (dano a uma viatura).
Veja o vídeo publicado pela FNL após a saída de Leandro Dias da 13ª Subdivisão Policial:
Um grupo da FNL já ocupou de forma consolidadas uma área no Parque das Andorinhas, que chegou a receber ligação de água e esgoto. Outras duas tentativas de ocupação foram realizadas desde o final de 2021, ambas desfeitas com apoio da Polícia Militar.