O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira (1) o balanço de maio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistema que registra todas as demissões e admissões e, a partir disso, aponta se houve a criação de novas vagas ou a extinção de empregos – e, em Ponta Grossa, os resultados são controversos. Apesar de, no total, contar com saldo positivo de +46 vagas, puxado principalmente pelos serviços (+278) e comércio (+112), uma empresa da cidade demitiu mais de 400 funcionários, negativando o saldo da construção civil.
De acordo com o Caged, o segmento de “construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica” demitiu mais do que contratou 418 trabalhadores. Somado ao saldo de +4 vagas na manutenção de redes de distribuição de energia elétrica, o resultado da construção civil ficou em -411. Ela foi o setor que puxou os bons resultados do ano passado: dos 5.591 novos empregos gerados na cidade em 2020, 4.185 foram da construção.
Dentre eles, 2.965 foram relativos a obras para geração e distribuição de energia elétrica e telecomunicações. Isso se deve ao sistema de transmissão Gralha Azul, que está investindo R$ 2 bilhões em um complexo de energia. Há um mês 85% das obras já estavam concluídas – e, com o avanço dos serviços, a lógica é que os funcionários vão sendo dispensados. A previsão é que a construção seja finalizada no segundo semestre deste ano, a partir de setembro.
Outros setores
Em maio, junto aos -411 empregos da construção civil a agropecuária foi o outro setor que extinguiu vagas formais (-6). A atividade econômica que mais teve resultados positivos foi a prestação de serviços: foram +278 vagas, concentradas, principalmente, nos segmentos de “informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas” (+102) e “transporte, armazenagem e correio” (+91). O comércio ficou em segundo lugar,com +112 oportunidades, e a indústria em terceiro, com a geração de 73 novos postos de trabalho.
Acumulado do ano
Durante todo o ano, Ponta Grossa soma +1.841 vagas de emprego, provenientes das 19.573 contratações e 17.732 demissões registradas. Mês a mês, os melhores resultados ficaram em janeiro (+857) e fevereiro (+1.215), enquanto que março e abril amargaram desempenhos negativos, de -147 e -130, respectivamente, até maio contar com uma leve recuperação (+46).
No saldo dos cinco meses a prestação de serviços é o setor que mais abriu novas chances (1.017). A indústria acumula +602 vagas e o comércio +559, enquanto que a agropecuária conta com -6 empregos formais. Já a construção civil, a “queridinha” de 2020, totaliza 331 desligamentos.
Paraná lidera geração de empregos em maio no Sul
O Paraná fechou maio como o estado que mais abriu postos de trabalho com carteira assinada na Região do Sul. O saldo foi de 15.884 contratações, resultado de 118.151 admissões e 102.267 desligamentos, ante 13.587 de Santa Catarina e 7.458 do Rio Grande do Sul.
Nacionalmente, é o quarto melhor desempenho do País no período, atrás apenas de São Paulo (104.707 vagas), Minas Gerais (32.009) e Rio de Janeiro (17.610).
O saldo positivo de maio é o quinto consecutivo do Estado. Foram, já com os ajustes mensais realizados pelo Caged, 24.342 postos abertos em janeiro; 41.616 em fevereiro; 11.507 em março; e 10.019 em abril. No acumulado do ano, o Paraná criou 103.368 empregos formais, também o quarto melhor desempenho nacional, ficando atrás de São Paulo (389.529), Minas Gerais (159.099) e Santa Catarina (111.514).
Cidades
Os municípios paranaenses que mais geraram emprego em maio, segundo o Caged, foram Curitiba, com 5.892 novas vagas, seguida de Maringá (1.163), Toledo (853), Araucária (728), Cascavel (650), Umuarama (389), São José dos Pinhais (384), Foz do Iguaçu (252), Paranavaí (214) e Colombo (197).
Setores
O saldo de empregos no Estado em maio foi puxado pelo setor da Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, que gerou 4.389 vagas. Foi seguida pelo Comércio, com 3.856 novos postos de trabalho, Indústria (3.482), Administração Pública (1.728), Construção Civil (1.648), Transporte (520), Outras Atividades de Serviços (272) e Agricultura e Pecuária (197).
Apenas os setores de Alojamento e Alimentação e Artes, Cultura, Esporte e Recreação apresentaram desempenho negativo, com 103 e 106 demissões de saldo. (Com AEN)