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“Apenas nos fortalece”, crava Pauliki após susto no Ouro Verde

Foto: José Aldinan de Oliveira

Márcio Pauliki, do Solidariedade (SD), participou nesta terça-feira (27) da segunda rodada de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Ponta Grossa. A organização é do portal dcmais e do jornal Diário dos Campos.

Em uma hora, o concorrente teve a oportunidade de expor e explicar propostas, além de responder questionamentos de entidades que compõem diferentes setores da sociedade ponta-grossense.

O empresário e ex-deputado também comentou sobre o episódio que ocorreu na região do Ouro Verde nesta segunda-feira, quando um homem apareceu armado no meio de apoiadores e precisou ser contido por populares.

O que de fato aconteceu nesta segunda no Ouro Verde?

“Em momento algum eu tenho falado sobre atentado. Naquele momento o que me preocupou foi a segurança de todos. Os apoiadores, no momento em que ele sacou a arma municiada e carregada, seguraram ele. Nós apenas fizemos o que deveríamos fazer: fomos até a Polícia Civil registrar um ‘BO’. O que aconteceu é algo que não se pode ver de forma normal. Isso apenas nos fortalece e não vamos deixar de ir nesses bairros mais distantes”.

A arma foi apontada na direção de vocês?

“Sim. Ele sacou a arma. O que mais me surpreende é que um bandido desse, antes mesmo de chegar à delegacia, já tinha advogados. E já foi liberado. Isso é o que mais nos preocupa em relação à segurança de todos. Mas não vamos usar isso em momento nenhum na campanha”.

O candidato tem seguranças?

“Eu não tenho segurança. A gente vai junto apenas com voluntários de todos os segmentos. Eu não tenho segurança algum”.

A Polícia descarta crime político. O candidato concorda?

“Eu concordo. Não faço juízo dessa questão. Só gostaria que a Polícia Civil, a Guarda Municipal e a Polícia Federal pudessem ir até o fim, pois o que mais me causa estranheza é o fato de já ter advogados, que não eram de Ponta Grossa, e também a liberação desse sujeito sem nenhum questionamento”.

O candidato sabe quantos são os cargos comissionados da Prefeitura? Qual seria a redução para a sua gestão?

“Eram 370, mas no meio de uma pandemia se colocou mais 20, mais 30… é incrível a falta de sensibilidade desta gestão em relação a tudo isso. E o pior: todos os comissionados são pressionados a fazer campanha. Essa imposição não pode existir. Se você faz uma boa gestão, as pessoas vão contigo pela liderança. Não é de forma imposta”.

O candidato tem a proposta da Universidade do Servidor. Como funcionaria esse projeto?

“Entendo que a capacitação é o que mais podemos trabalhar com as pessoas. A Universidade do Servidor será dentro da própria Prefeitura em um espaço que vamos adequar ou dentro do Guaíra, pois queremos transferir a Guarda para uma sede própria”.

O plano de governo apresenta a criação do Ceapg. Qual a diferença para o Ceasa?

“O Ceasa em Ponta Grossa teria dificuldades. Um Centro de Abastecimento é muito mais real. Inclusive, o Mercado Municipal poderá estar dentro deste Centro de Abastecimento. Tudo de forma organizada com os produtores”.

O candidato propõe a substituição da iluminação pública por lâmpadas de LED. Qual seria a quantidade de lâmpadas instaladas?

“Nós temos 52.727 postes aqui em Ponta Grossa. Temos a contribuição da iluminação pública aqui em Ponta Grossa, o que todos nós já pagamos. Apenas com essa contribuição teríamos condições de mudar um terço da iluminação pública de Ponta Grossa nos próximos quatro anos. Cerca de 15 mil lâmpadas. Nós daremos prioridade principalmente para as entradas de bairros, inclusive em lugares que não tem qualquer iluminação. O investimento vem pelo CIP (Contribuição da Iluminação Pública). A princípio é R$ 12 milhões de investimento para os primeiros quatro anos, mas são R$ 327 mil a menos por mês de gasto com iluminação pública”.

No que consiste a pavimentação poliédrica que está no plano de governo?

“São ‘pavers’ de cimento. Ali perto do Operário, nas ruas que levam ao Germano Krüger, tem. É diferente da pedra irregular. Hoje já existe um processo tecnológico de uma máquina que vai assentando todos eles. É de fácil manutenção. São 100 quilômetros deste novo tipo de pavimentação. É um terço mais em conta do que a asfáltica. Mesmo assim, vamos buscar recursos para pavimentação asfáltica: 220 quilômetros de asfalto novinho em folha”.

A gestão atual fala que 90% das ruas de Ponta Grossa estão pavimentadas. Isto procede? Como o candidato observa isso?

“Isso é mentira. Eles sabem que ninguém vai lá com uma régua medir. O governo atual também coloca as pavimentações que foram feitas pela iniciativa privada através das empreiteiras que fizeram os núcleos habitacionais. Daí fica fácil você fazer com o chapéu alheio. Hoje não temos 70% das ruas pavimentadas em Ponta Grossa. Por isso que vamos chegar a 85%”.

Quem iria comandar a Central Única de Segurança que consta no projeto do candidato?

“A Secretaria de Segurança Pública. Precisamos de uma integração maior. Ali no Mercado Municipal nós vamos, por meio de uma parceria público-privada, ter espaços para a parte de segurança da cidade. Vamos colocar a Guarda Municipal com todas as suas viaturas. Vamos ter a segmentação da Guarda”.

O Conselho Tutelar é um órgão assistencial. Por que colocar junto com órgãos de segurança?

“Até está em nossa propaganda, mas conversei com algumas pessoas da possibilidade de não colocarmos o Conselho Tutelar na Central Única. Essa é a importância do diálogo”.

O candidato acha justo usar dinheiro público para financiar campanhas eleitorais?

“Eu só tenho caixa 1, né? Não tenho caixa 2, 3… então, acho justo usar recursos próprios para a minha campanha e o fundo partidário indo exclusivamente para os candidatos ao cargo de vereador. Existem muitos candidatos a vereador que não possuem qualquer recurso. São pessoas com boas idéias, querem renovação e precisam do mínimo de estrutura. Acho que é importante que você possa aplicar o recurso nesses vereadores para que eles possam mostrar à sociedade essa ideia de renovação”.

Convidados questionam

Roberto Ferensovicz – presidente do Sindserv
Como implementar um plano de cargos e salários aos servidores públicos de Ponta Grossa se há na legislação uma restrição de aumento a servidores em 2021 e 2024?

“Vamos colocar na mesa com o Sindicato tudo o que faremos em relação à redução de nossos custos. Sem perder a qualidade do serviço público. Redução de cargos comissionados, redução de secretarias, pagar menos aluguel em alguns setores… o valor economizado pode servir para colocarmos novos servidores concursados. Precisamos que a Guarda Municipal aumente e temos grandes necessidades nas áreas de Saúde e Educação. Não pode tirar horas extras dessas pessoas também. Temos vários projetos. Vamos valorizar o funcionalismo e não só no aspecto salarial. Vamos ter proximidade com os servidores”.

Gerson Luiz Carneiro – Conselheiro do CREA/PR
Como o candidato pretende tratar a coleta seletiva de orgânicos em Ponta Grossa?

“Tenho visto isso em algumas cidades, especialmente no interior de São Paulo e em Curitiba. Muitas vezes temos até que copiar essas situações, pois existe uma lei que precisamos cumprir. Com os orgânicos é diferente porque não há catadores de orgânicos. É preciso tratar de uma forma diferenciada. Estamos vendo as possibilidades para que possamos trabalhar também numa parceria público-privada. Afinal de contas, o que o estado não consegue fazer direito, há parcerias privadas que podem. Isso desde que o município saiba regular bem”.

Otto Ferreira – coordenador do Núcleo das Indústrias
O candidato tem conhecimento sobre a missão do Núcleo das Indústrias? Quais os tipos de empresas que o candidato entende que devem ser trazidas para o nosso ‘ecossistema’?

“Todo o trabalho que está apresentado no plano de governo para o setor industrial é em parceria com o Conselho de Desenvolvimento. Nós vamos ter juntos a possibilidade de pensarmos qual é a vocação natural de Ponta Grossa. Eu entendo que, entre todos os setores, gostaria de trazer um que entendo bem e emprega muita gente: o setor moveleiro. Ponta Grossa tem muito reflorestamento, o que pode ser usado para o setor moveleiro como ocorre em Arapongas”.

Diva Angélica Martins Bueno – voluntária do SOS Bichos
Existe algum projeto de hospital público veterinário ou convênio com clínica particular que possam dar assistência a famílias que não conseguem dar tratamento a animais de estimação?

“Mais uma vez entra a parceria com o privado. Nós até podemos pensar num hospital veterinário público, mas o ideal é convênio municipal com clínicas e médicos veterinários do particular. Nós vamos fazer um convênio. Entre 8 e 10 clínicas para que a gente possa cuidar dos animais aqui em Ponta Grossa. Não apenas cachorros e gatos, mas também vemos muitos cavalos. Precisamos fazer um trabalho melhor em relação aos animais de grande porte”.

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