O aumento de preços nos combustíveis autorizado pela Petrobras às refinarias entra em vigor amanhã, mas nas bombas dos postos de Ponta Grossa óleo diesel, gasolina e álcool já estão mais caros. O gás de cozinha também vai ficar mais caro. Na tarde desta quinta-feira (10), consumidores buscam encher os tanques dos seus veículos buscando postos de Ponta Grossa que ainda não atualizaram as bombas. A remarcação começou já na noite de quarta-feira (9), antes do anúncio da Petrobras.
A alteração do preço dos combustíveis veiculares vem 57 dias após a última mudança e a do gás de cozinha acontece após 152 dias. As mudanças são de 18,8% para a gasolina, 24,9% para o diesel e 16% para o GLP. O álcool não consta no anúncio da Petrobras, mas ficou mais caro nas bombas.
Os reajustes são válidos para o preço de venda da Petrobras às distribuidoras. O acréscimo ao consumidor na bomba do posto normalmente chega diferente porque o valor ainda é acrescido de impostos estaduais e federais e também margem de lucro dos outros atores da cadeia.
Gasolina
Na gasolina a Petrobras passa a cobrar R$ 0,61 a mais pelo litro da gasolina, uma alta de 18,8%. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passa de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba – uma variação de R$ 0,54 por litro, ou 18,5% em termos percentuais.
Diesel
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras aumenta R$ 0,90. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passa de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba – uma variação de R$ 0,81 por litro ou 24,9%.
Gás de cozinha
Para o gás de cozinha, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg e de R$ 8,06 para o botijão de uso residencial, de 13 kg (+16%).
Justificativa dos reajustes
Segundo a Petrobras, este reajuste deve-se à disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia.
A companhia também aponta como motivo a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia que regularmente eram exportados para países do ocidente.
O que dizem os postos
Após o anúncio do novo reajuste, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Paranapetro) emitiu uma nota para a imprensa. Confira, a seguir:
“Este é um aumento que terá grande impacto para consumidores, o mercado e a economia em geral. Desde o final de semana algumas distribuidoras já começaram a aumentar os preços de venda para os postos, antes de qualquer anúncio oficial de elevação na Petrobras, alegando uma maior entrada de combustíveis importados no mercado. Conforme o Paranapetro tem alertado, esta é uma prática frequente: algumas distribuidoras costumam repassar os aumentos com grande agilidade para os postos, muitas vezes de imediato”.