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Alunos de PG protagonizam em exposição sobre cultura africana

Foto: Divulgação

Alunos da Escola Municipal Deputado Mário Braga Ramos, no Parque dos Pinheiros, protagonizaram nesta semana uma grande exposição temática sobre o continente africano. Os estudantes de todas as séries produziram maquetes, cartazes e estandes onde explicam a formação, geografia, fauna, flora e a cultura do continente. Além disso, a ação promove a identidade e o fim do racismo na sociedade.

A feira é o resultado de um processo, no qual a escola procurou envolver várias disciplinas, realizando a formação de professores e demonstrando como o conhecimento sobre o continente africano poderia promover a igualdade racial entre os alunos e na comunidade escolar.

A secretária de Educação, professora Simone Pereira Neves, visitou a feira. “Vi nossos alunos dando detalhes sobre os animais, a vegetação, a diferença entre os desertos, fazendo referências à nossa cultura e vislumbrando um mundo onde o meio ambiente está protegido e as pessoas bem cuidadas. Demonstraram protagonismo, liderança e autonomia, além de demonstrar o valor da igualdade racial”, anota a secretária.

Graziela Karin dos Santos Meira, mãe da aluna Kaori, do 1º ano, parabenizou a escola. Ela conta que, como mãe negra de uma criança negra, sempre ensinou a filha a se defender do preconceito e do medo, e que agora a escola está oferecendo o conhecimento. “É um incentivo que as escolas estão dando para as crianças, brancas e negras. Até porque tem crianças negras que não conhecem muito da cultura africana. Até eu, como mãe negra, ensino a respeitar todas as cores, todas as raças, mas eu nunca mostrei para ela uma comida africana, um país africano. Então penso que eles aqui na escola estão ensinando e incentivando para que as crianças tenham conhecimento, identidade”, conta ela.

Kassiane Desplanches, diretora da Mário Braga Ramos, conta que a feira surgiu para que os alunos construíssem seu próprio conhecimento sobre a África, que é o berço da civilização humana, aprendendo a admirar pessoas negras, combatendo o racismo.

“Quando a gente identifica possíveis conflitos na sociedade e que estão sendo reproduzidos dentro da escola, temos o compromisso social de fazer alguma coisa. Isso é um processo, não tem como chegarmos em novembro, no dia da Consciência Negra, fazermos um cartaz e acharmos que isso resolve o problema. Porque a gente sabe que o racismo parte da ignorância, e quando a criança reproduz um termo que ela desconhece, ela está apenas reproduzindo porque ela é uma criança”, analisa a diretora.

“Se ela está reproduzindo algo que é ruim, que é uma falta de conhecimento e que é um crime, a gente como escola precisa romper isso. E isso já é possível ver na feira. Hoje temos as crianças mostrando conhecimento, protagonizando e admirando aqueles países, daquele continente do qual estão falando. Isso ela nunca mais vai esquecer, é a construção do conhecimento”, considera Desplanches.

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