Moradores da Palmeirinha, entre os bairros Nova Rússia e Boa Vista, precisaram de resgate do Siate/Corpo de Bombeiros na noite de segunda para terça-feira. A região sofreu com a chuva constante e famílias ficaram ilhadas pelo alagamento. O problema no final da Rua República de São Salvador – esquina com a Marcílio Dias – é recorrente e afeta de diferentes maneiras.
No episódio desta semana, os bombeiros receberam o chamado por volta das 21h50. Chovia e o frio aumentava. Enquanto isso, os moradores improvisavam formas de afastar a água acumulada.
As casas afetadas ficam no fim da via, perto da linha do trem, num pequeno trecho de terra. Toda a água desce na direção das humildes residências, deixando marcas e estragos. Um dos residentes do espaço é Cleiton Reis, que já perdeu eletrodomésticos por conta da situação.
“Já ocorreu outras vezes. Toda vez que chove muito ficamos ilhados. Falta planejamento urbano”, afirma. Ele chegou a construir uma espécie de muro de contenção para o lado de fora da porta para evitar a entrada de água. Contudo, o improviso não foi suficiente e a quantidade de água ultrapassou a mureta.
Diante da indignação das famílias, a reportagem entrou em contato com a Prefeitura questionando sobre a recorrência na Palmeirinha.
“A Defesa Civil já esteve no local durante a [última] madrugada para prestar atendimento às famílias e deve realizar nova vistoria na sequência. A situação também é acompanhada pela Secretaria de Serviços Públicos, que enviará técnicos ao local para avaliar quais medidas podem ser tomadas pela pasta em relação à situação”, informou por meio de nota.
Em visita ao local nesta terça (29), a reportagem encontrou famílias em circunstâncias de vulnerabilidade. Ana Maria dos Santos, de 56 anos, mora há décadas ali. O filho Leandro, de 32 anos, é deficiente visual. Na noite anterior, ambos foram retirados de casa com cuidado pelos socorristas do Corpo de Bombeiros. Em segurança, eles posaram no irmão de Ana Maria – quase em frente ao local.
No dia seguinte voltaram para contabilizar os problemas causados na pequena casa de madeira. Tanto eles quanto Cleiton mantêm a perspectiva de que os problemas sejam sanados antes que volte a chover.